A pedido de evangélicos, Olinda cancela Carnaval gospel: 'Álcool e drogas'

Após uma semana do anúncio do primeiro Carnaval gospel de Olinda, em Pernambuco, a prefeitura da cidade cancelou o evento a pedido de representantes dos evangélicos. Segundo a Folha de S. Paulo, a festa iria até meia-noite e contaria com adaptações bem-comportadas, com letras evangelizadoras, de ritmos que iam do frevo ao manguebeat. Além disso, voluntários distribuiriam cerca de dez mil Bíblias pelo local. "Fazemos todo um esforço para tirar a juventude das drogas e da promiscuidade, e isso pode se perder se essas pessoas participarem do Carnaval", afirmou o deputado estadual Adalto Santos (PSB), representante da bancada evangélica da Assembleia Legislativa pernambucana. Para o "Jornal do Commercio", o deputado-pastor Cleiton Collins (PP) disse que "Evangélico não brinca o Carnaval. O que devemos fazer é evangelizar e cuidar das feridas nesta festa, que provoca muitos problemas com álcool e drogas". Um dos coordenadores da atração, o pastor Josildo Ferreira apontou que "a mídia distorceu um pouco as coisas", o que levou "as igrejas mais tradicionais a não entenderem nosso objetivo". Por fim, completou afirmando que algumas ações do Movimento Missões Urbanas Brasil, responsável pelo polo frustrado, continuarão, a exemplo da distribuição das Bíblias e a peregrinação de um grupo de percussão gospel com cerca de 200 pessoas.