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PF deflagra nova fase da Lava Jato; políticos com foro privilegiado são alvo

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (21) uma nova fase da Lava Jato, desta vez envolvendo políticos com foro. Segundo informações do Bom dia Brasil, da TV Globo, há mandados judiciais emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), corte responsável por casos envolvendo pessoas com foro privilegiado. Há uma operação em curso também em Salvador na manhã desta terça: equipes da PF foram vistas em um edifício do Condomínio Reserva Albalonga, no Horto Florestal. Segundo a superintendência regional da PF, os dois mandados cumpridos na capital baiana são referentes a uma operação autorizada pelo STF, mas ainda não há mais detalhes sobre a ação.  Ainda não há confirmação se o cumprimento de mandados em Salvador tem relação com a 39ª fase da Lava Jato.

Agentes da Polícia Federal cumprem na manhã desta terça-feira uma nova fase da Operação Lava-Jato, a primeira com base nas delações dos 78 executivos da Odebrecht. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio e no DF. A PF faz buscas em endereços de pessoas acusadas de fraudes no âmbito da operação e ligadas aos senadores Renan Calheiros (AL), Eunício de Oliveira (CE), Valdir Raupp (RO), todos do PMDB, e Humberto Costa (PT-PE), de acordo com a TV Globo. Os mandados foram solicitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizados pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com O Globo, Fachin deve receber nesta terça os 83 pedidos de abertura de inquérito contra parlamentares e ministros, feitos com base na delação premiada de 78 executivos da Odebrecht. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou os pedidos ao STF na última terça-feira. Desde então, o material está sendo autuado e digitalizado. A expectativa é de que Fachin abra os inquéritos e derrube o sigilo do caso, como pediu Janot, no fim desta semana, ou na próxima semana.

Também foram enviados ao STF 211 casos nos quais a PGR encontrou indícios de irregularidade contra pessoas sem direito a foro no Supremo. Os casos foram remetidos à Corte, que fará o encaminhamento aos tribunais inferiores para análise. Janot também solicitou sete arquivamentos e 19 outras providências – que podem ser, por exemplo, operações de busca e apreensão. No total, foram enviados ao STF 320 pedidos.