Programação da Flipelô deve atraiu cerca de 30 mil pessoas

Palco da cultura brasileira e Patrimônio da Humanidade, o Centro Histórico de Salvador recebeu baianos e turistas para participar da Primeira Festa Literária do Pelourinho, a Flipelô, que teve abertura na noite de quarta-feira (9), com a apresentação da cantora Maria Bethânia na Igreja de São Francisco, e seguiu até domingo (13). A programação de quinta (10) fez reverência ao escritor Jorge Amado, um dos homenageados dessa primeira edição, com palestras, workshops e exibições.
Para a diretora da Fundação Cultural do Estado (Funceb), a feira literária representa um passo adiante para a cultura da Bahia. “Essa é uma festa muito importante para a cultura do estado, estamos vivendo um momento de muitas festas literárias e valorização de nossa cultura. Temos a Flica em Cachoeira, a Fligê em Mucugê e agora aqui em Salvador com esse evento maravilhoso que o Governo do Estado abraçou de todas as maneiras. O Pelourinho, que é sempre palco de festas importantes, agora também recebe essa festa da literatura. Ainda mais celebrando o nosso grande Jorge Amado”, afirma.
Com programação gratuita e aberta ao público, a iniciativa foi realizada pela Fundação Casa de Jorge Amado, com suporte do Serviço Social do Comércio (Sesc) e apoio financeiro do Governo do Estado, através da Superintendência de Fomento ao Turismo do Estado da Bahia (Bahiatursa), Cerca de 30 mil pessoas visitaram as mais de 60 atividades que serão oferecidas gratuitamente e abertas ao público, entre saraus, debates, apresentações musicais e oficinas literárias e outras atividades.
A turista paulista Mariana Cerqueira não estava sabendo do evento e aprovou o que viu. “Eu estou achando muito interessante e vendo que muitos estudantes de escolas públicas estão visitando os espaços, eu acho lindo isso. Pra quem é turista como eu e está chegando agora, a programação também é muito interessante, porque é gratuita e diversificada, a gente vai se colocando e visitando os pontos. Estou curtindo bastante”, afirma.

A feira também abriu espaço para que novos escritores e editoras baianas possam divulgar seus trabalhos. Para Rina Angullo, diretora da Editora Currupio, o evento marca um novo momento de valorização da literatura baiana. “Tem sido uma coisa fantástica para as editoras baianas porque somos poucas e não temos espaço para expor o nosso trabalho. Nós fomos acolhidos e pudemos apresentar material e promover um bate-papo entre os escritores e o público. É maravilhoso”.
Publico infantil
Um dos principais destaques é a programação voltada para o público infantil promovida pela Secretária de Cultura (Secult), através da Fundação Pedro Calmon. A Biblioteca Móvel está instalada no Terreiro de Jesus, disponibilizando um acervo de mais de mil exemplares, além de atividades lúdicas como mediação de leitura, contação de histórias, saraus literários, oficinas de recicláveis, palhaços, peças de teatro e outras atividades voltadas para o público infanto-juvenil.
A comerciante Cássia Liberato levou a filha Sofia, de 5 anos, e ficou surpresa com as atividades oferecidas para as crianças. “É muito bacana e certamente ajuda a despertar o interesse das crianças para a literatura e o mundo das palavras. É muito bom, porque traz os jovens e ajuda a normalizar a leitura e a ideia de que ler é bom e divertido”. A pequena aprovou as atrações. “Eu me diverti muito, gostei das histórias, foi muito legal”.
Programação
Nesta sexta-feira (11) a programação conta com a oficina Poemusik, mediada por Gabriel Dantas e Fabiana Pancho, no Museu Udo Knoff. O professor Dilson Midlej dá uma aula aberta no Terreiro de Jesus com o tema “Jorge Amado e os artistas visuais da Bahia”. O secretário de Cultura e escritor Jorge Portugal e o professor Pasquale Neto, promovem um bate papo sobre a língua portuguesa e aspectos culturais da oralidade brasileira. A programação completa pode ser conferida no site da Flipelô.