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A Polícia Federal prendeu o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), que deixou sua residência em Salvador cobrindo o rosto com uma pasta. O ex-ministro estava em prisão domiciliar.
Ele está sendo levado para o aeroporto e viajará para Brasília. Geddel deve ir inicialmente para a carceragem da PF e depois pode ser transferido para o presídio da Papuda.
Desde que o montante de R$ 51 milhões foi encontrado, a defesa do ex-ministro não se pronunciou e nem atendeu mais ligações. Antes, o advogado vinha negando acusações.
A PF chegou ao prédio de Geddel, em Salvador, no bairro Jardim Apipema, por volta de 5h40, em dois carros.
Um vendedor ambulante foi escolhido para subir ao apartamento do ex-ministro como testemunha.
Houve busca e apreensão na casa da mãe de Geddel, que mora no mesmo prédio do filho. Por esse motivo, a PF demorou cerca de uma hora dentro do edifício.
Pessoas que passavam pelo local aplaudiram e buzinaram quando a PF deixou a garagem com o ex-ministro no banco de trás.
A decisão que a polícia está em mãos é da 10ª Vara Federal de Brasília, mas ainda está em sigilo.
Além do ex-ministro, foi preso foi Gustavo Ferraz, ex-assessor de Geddel, também do PMDB, atualmente diretor da Defesa Civil de Salvador, que foi candidato a vice prefeito de Lauro de Freitas em 2016, na chapa com Mateus Reis do PSDB e três mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Segundo justificativa do pedido, a prisão é para evitar "a destruição de provas imprescindíveis à elucidação dos fatos".
'BUNKER'
O pedido (feito pela PF e endossado pelo Ministério Público Federal) acontece após a PF ter encontrado na terça (5) R$ 51 milhões em espécie escondidos em caixas e malas em um "bunker" ligado ao peemedebista, também em Salvador.
Foram encontradas digitais do ex-ministro e de Ferraz no local.
Geddel cumpria prisão domiciliar desde o dia 12 de julho. Ele foi preso no dia 3 de julho, acusado de tentativa de obstrução de Justiça, e depois conseguiu habeas corpus.
A operação que encontrou as malas de dinheiro foi batizada de Tesouro Perdido e é um desdobramento de outra investigação, sobre fraudes em liberações de empréstimos na Caixa, a Cui Bono –que já está na quarta fase.
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