João Vitor Barreto, o “Seis Cão”, de 19 anos, e Júlio Cesar Catureba dos
Santos, o “Bizunga”, de 22, estavam acompanhados do advogado Guga Leal.
Os dois disseram que se apresentaram porque as fotos deles estavam
circulando nas redes sociais e procuraram o advogado para irem à polícia
e esclarecer os fatos. A delegada Bianca Andrade, por sua vez, disse
que a versão dos suspeitos não a convenceu e vai representar pela prisão
preventiva dos dois.
“Ouvimos os supostos autores do homicídio da criança. Os dois negaram o
envolvimento com o homicídio. A mãe dela estava no momento do crime e
ela afirmou que estas pessoas estavam lá, atiraram contra sua residência
e que um dos tiros vitimou sua filha Aryana. São cinco envolvidos. Um
está no presídio e dois já foram ouvidos. Já encontramos quatro supostos
envolvidos. Quem mandou executar foi Antônio Marcos, que atualmente se
encontra no Conjunto Penal de Feira de Santana. Ele seria o mandante do
crime, e o alvo seria o Rafael, irmão da vítima”, informou a delegada ao
Acorda Cidade.
Segundo ela, o homicídio foi motivado por tráfico de drogas. “Segundo
depoimentos, o irmão da vítima era envolvido, parou e não queria mais
traficar para Marcos Antônio [conhecido como Marquinhos]. Ele ficou com
raiva e mandou executar. Tem um adolescente envolvido. Como na maioria
das vezes, os envolvidos negam a participação, mas temos indícios
suficientes para pedir a prisão preventiva deles. Vamos indiciar os
suspeitos e pedir ao juiz que a preventiva seja deferida”.
O advogado Guga Leal disse que os dois o procuraram no domingo (10) e disseram que no dia do crime estavam em Salvador.
“Eles me procuraram ontem a tarde e marquei com eles hoje de manhã no
escritório, entrei em contato com o delegado Gustavo Coutinho, e de
imediato, marcamos para hoje também. João teria sido intimado já, mas
Júlio não, e mesmo assim ele quis se apresentar para prestar
esclarecimentos. Eu perguntei para eles antes de trazê-los nesta
especializada e eles me disseram que não estavam em Feira de Santana no
dia do crime, estariam em Salvador. Disseram também que não sabem por
que atribuíram o fato a eles”, disse.
O advogado informou também que soube que a mãe da menina reconheceu os dois, mas eles negaram.
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