Protesto de caminhoneiros chega ao 3ª dia e começa a faltar mercadoria no Centro de Abastecimento de Feira de Santana

No terceiro dia de protesto contra a alta no preço do óleo diesel, começam a surgir as reclamações de prejuízos devido a perda de mercadorias perecíveis. É o caso de produtores que fornecem alimentos para o Centro de Abastecimento, em Feira de Santana.
Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade
Um caminhoneiro, que transporta quiabo da cidade de Canudos, disse que só tem hoje para fazer a entrega sem estragar o alimento. Ele informou que o prejuízo pode chegar a R$ 15 mil reais e que tentou transferir a mercadoria para um veículo menor, mas foi impedido.
“São 300 sacos de quiabo e amanhã já não presta mais. Essa carga é de uma associação de produtores de Canudos e já ligamos para eles para informar sobre o prejuízo”, informou o motorista Leonardo.
O caminhoneiro Jorge de Araújo, conhecido como Jorge da Pinha, estava com o caminhão carregado com goiaba, fruta, uva, manga, melão e feijão e disse que o prejuízo é de 40 mil reais. “Essa mercadoria não aguenta muito tempo e se não tiver uma solução terá que jogar no lixo”, disse.
Apoiador do movimento outro motorista destaca a importância dos caminhoneiros para o país e afirma que só com esse tipo de protesto terão seus valores reconhecidos.
“Se essas frutas não chegarem ao Centro de Abastecimento não vão para os mercadinhos e supermercados e as autoridades e a sociedade vão saber a importância dos caminhoneiros”, declarou.
O comerciante Felipe Oliveira, que trabalha no Centro de Abastecimento, disse que terá que repassar para o consumidor para cobrir a despesa que teve para desviar o caminho do frete.
“O prejuízo é grande porque a despesa é muito grande com o frente que fica mais caro para desviar. Era mil e aumentou para dois mil reais. Só consegui trazer melão. Com certeza vai ter aumento para os mercadinhos e consumidores finais por causa do aumento da despesa”, disse.
Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade