Sesab confirma 47 mortes por dengue em 2024 na Bahia

Morre no HGE quarta vítima do incêndio no residencial Iguatemi, em Feira de Santana

Morre no HGE quarta vítima do incêndio no residencial Iguatemi, em Feira de Santana. Morreu às 5h40 desta sexta-feira (7), no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, a quarta vítima do incêndio em um prédio de Feira de Santana, ocorrido na madrugada de terça (4).

De acordo com informações do posto policial do HGE, Bruna Mile Ferreira Barbosa, de 24 anos, estava internada com queimaduras em 90% do corpo. Ela foi uma das quatro vítimas transferidas do Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana, para o HGE.
Uma vítima, Neucione Souza Brás, mãe da jovem de 20 anos que morreu ainda no local do incêndio, permanece internada no local, com queimaduras em 90% do corpo.
Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmou a quarta morte relacionada ao incêndio.
As outras vítimas do acidente foram Bárbara Brás Pereira, de 20 anos, que morreu ainda no local do incêndio e foi sepultada na quinta-feira (6); Emilia Lima Ferreira, de 50 anos, que morreu na noite de terça, no HGE; e Jessica Ferreira Barbosa, de 25 anos, que teve óbito confirmado na noite de quarta-feira (5), também no HGE.
A jovem Bárbara Braz Pereira, de 20 anos, que morreu durante o incêndio ocorrido na madrugada desta terça-feira (4), no residencial Iguatemi, do Minha Casa Minha Vida, no bairro Mangabeira, em Feira de Santana, sonhava em estudar medicina e fez a última prova do Enem, realizada nos dias 4 e 11 de novembro.
Em desespero, a estudante passou por dentro das chamas, na tentativa de sair do prédio onde ocorreu a tragédia, que deixou mais sete pessoas feridas, dentre elas a mãe, a dona de casa Nelcione Souza Bras, que foi socorrida em estado gravíssimo para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), juntamente com os outros feridos, e depois foi transferida de avião para Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador.

(Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade)
O pai da jovem, o vigilante Mário dos Santos, que mora no residencial Asa Branca V, no bairro Asa Branca, disse, em entrevista ao Acorda Cidade, que soube do incêndio no residencial da Mangabeira através de mensagens no Whatsapp e tentou contato com a filha e a mãe dela, mas não obteve sucesso, quando a tia de Bárbara ligou relatando o ocorrido e que a filha tinha morrido queimada.
“A tia dela me ligou dizendo que tinha pegado fogo lá onde minha filha estava, ela tentou passar por dentro do fogo e queimou. Aconteceu uma tragédia dessa, um filha tão boa, 20 anos, nunca me deu trabalho na escola, sempre estudou e falava comigo todas as noites no meu plantão. Antes de ontem disse que iria passar o natal comigo, pra eu tomar cuidado no trabalho. Disse que me amava, pois a gente sempre se declarou um pra o outro. Eu a tinha como mais do que filha, era tudo pra mim, a gente conversava, batia papo, dava risada junto”, relembrou o pai aos prantos.
Mário recordou ainda da última vez em que viu Bárbara pessoalmente. Segundo ele, foi no último dia de provas do Enem.
“Ela dormiu lá em casa e falou pra eu a levar cedo pra casa que ela iria fazer o Enem. Eu cheguei do meu plantão, que eu trabalho na delegacia da Receita Federal, e peguei meu carro e a levei pra casa. Passei no mercado e dei lanche pra ela levar pra prova do Enem e perguntei se ela queria que eu a levasse para a escola, e ela disse que não precisava, que a mãe ou o marido da mãe dela a levaria, pois ainda era cedo. Ela estava estudando no Colégio João Durval e estava estudando pra fazer vestibular, pois o sonho dela era fazer medicina”, afirmou durante entrevista ao Acorda Cidade.
O pai da jovem acredita que a filha se precipitou ao atravessar as chamas e, assim como outras pessoas, suspeita que o incêndio pode ter sido criminoso.
“O rapaz disse que o fogo, onde pegou, dava até pra ela subir, mas ela no pensamento da situação se precipitou e passou por dentro do fogo, e um fio de energia atrapalhou a situação mais ainda. Estão suspeitando que botaram fogo nas motos embaixo e como ela morava no segundo andar... Sim, pode ter sido criminoso”, avaliou.