Operação da PF investiga advogado do agressor de Bolsonaro

Operação da PF investiga advogado do agressor de Bolsonaro. A Polícia Federal em Minas Gerais cumpriu, na manhã desta sexta-feira (21), mandados de busca e apreensão no escritório e em uma empresa de Zanone Manuel de Oliveira Júnior, advogado responsável pela defesa de Adélio Bispo, agressor confesso do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O objetivo da operação é investigar quem estaria financiando a defesa de Adélio Bispo, que foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) por atentado pessoal por inconformismo político.

Logo após o atentado, o advogado criminalista foi até Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, onde ocorreu o crime, e se apresentou como defensor de Bispo. À época, ele informou que não cobraria pelo serviço e que atuaria no caso como uma “estratégia de marketing”.
A reportagem procurou Zanone Manuel de Oliveira Junior, mas não obteve contato.
Agressão
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) foi atingido com uma faca enquanto participava de uma caminhada de campanha, no dia seis de setembro, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.
O pedreiro Adélio Bispo, de 40 anos, foi preso como suspeito e confessou o crime logo depois. À época, o homem alegou que agiu motivado por “questões pessoais”. Bispo foi transferido para uma penitenciária de segurança máxima em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.
O primeiro inquérito da PF sobre o caso aponta que o agressor agiu sozinho e por “motivações políticas”. Para tentar abrandar a pena do acusado, a defesa de Bispo solicitou à Justiça que o preso passe por uma avaliação de insanidade mental. O caso ainda é analisado.
Com a facada, Bolsonaro teve uma perfuração no intestino grosso, três no intestino delgado e uma na veia mesentérica superior, que leva sangue para parte do intestino. Ele precisou passar por cirurgias e ficou 24 dias internado.