Balanço da epidemia indica sete mortes e mais 1300 casos confirmados de dengue em Feira

Balanço da epidemia indica sete mortes e mais 1300 casos confirmados de dengue em Feira. Com quase 9 mil casos de dengue notificados, mais de 1300 confirmados, 7 mortes pela doença, e mais uma morte por chikungunya, de 1º de janeiro até 31 de maio deste ano a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Viep) vem intensificando ações no combate ao mosquito Aedes aegypti em Feira de Santana. A supervisora da Viep, Neuza Santos, explicou sobre esse trabalho e destacou como a comunidade pode ajudar a eliminar os focos do mosquito. “Nós temos até esta última semana, um total de 8810 casos notificados, com suspeita de dengue no município de Feira de Santana. Confirmados nós temos 1325 casos. Esses casos confirmados foram tanto pelo exame clínico, como epidemiológico. É importante salientar que esse número alto de notificações mostra que as unidades de saúde estão sensíveis para detectar a suspeita da doença”, disse.

De acordo com Neuza, o tratamento da dengue acontece quando há a suspeita da doença. Nesse momento, são tomadas as medidas de prevenção e controle, como por exemplo, o reforço na hidratação e o manejo clínico adequado ao paciente.
“A característica clínica de dengue à vezes confunde com outra virose. Dengue mata, pode matar rápido e em cinco dias o paciente pode evoluir com piora. Por isso é importante estar atento. Toda virose o paciente desidrata e a febre pode fazer desidratar muito. Com a dengue isso acontece mais rápido porque acontecem mecanismos internos no sistema de circulação do paciente. Ele perde líquido do vaso sanguíneo e pode evoluir em poucos dias para o choque hipovolêmico. Então por isso que todos os pacientes com sintomas de virose, dengue, zika e chikungunya a gente trata todos como dengue independente de chegar o resultado do exame”, explicou.
Neuza frisou também que o período climático atual, onde há muitas chuvas e sol favorece a proliferação do mosquito da dengue. A chuva oferece condições para que os ovos eclodam, se transformem em larva e depois em mosquito. O mosquito já adulto se manifesta e se desenvolve em um ambiente quente. Para ela, é de fundamental importância que a comunidade seja uma aliada no combate do mosquito e também aconteçam as ações de controle e prevenção.
“É preciso orientar a comunidade, monitorar os quintais e moradias, não acumular lixo. Que cada um seja fiscal para dificultar a proliferação desse vetor. É uma batalha porque não tem como erradica-lo. Ele se adapta muito fácil e está em todo o país convivendo com os seres humanos. Mas, podemos evitá-lo fazendo a fiscalização”, finalizou.