Idoso é picado por jararaca e leva cobra viva na mão até hospital

Imagem viralizou nas redes sociais. Paciente da cidade de Cacoal foi medicado e passa bem. A foto de um homem chegando ao Hospital de Urgência e Emergência Regional (Heuro) com uma cobra viva na mão viralizou nas redes sociais em Cacoal (RO), nesta semana. Segundo a unidade de saúde, o idoso de 64 anos preferiu não matar a jararaca que o atacou e decidiu levá-la viva aos médicos para receber atendimento correto. De acordo com a coordenadora de epidemiologia do Heuro, Fabiane da Costa Sampaio, o homem foi medicado e passa bem. Em entrevista, a coordenadora conta que o paciente foi picado na panturrilha pela jararaca enquanto estava em um sítio de Cacoal, localizado na linha 11. O caso é considerado pelos profissionais como inusitado, pois o homem chegou com a cobra viva, segurando-a pela cabeça. Segundo a profissional de saúde, a recomendação do Ministério da Saúde é que a vítima picada por cobra realmente apresente a cobra no hospital, para que seja possível classificar e fazer o tratamento com o soro antiofídico. Porém a forma como o homem levou o animal, ainda vivo e segurando só com mãos, não é a maneira correta. Após chegar ao hospital, o paciente passou pela sala vermelha, recebeu algumas medicações antialérgicas, fez a prescrição do soro e ficou internado nesta semana.

"Durante esses dias o idoso não apresentou nenhuma complicação, a não ser os sintomas naturais da picada, como dor e vermelhidão e rigidez na região picada. Ele já recebeu alta hospitalar e se recupera em casa", conta. 

A coordenadora orienta que qualquer pessoa que tenha algum acidente com animais peçonhentos, seja cobra, aranha, escorpião ou lagarta, precisa procurar atendimento médico.

"Em casa não tem como saber se esse animal é venenoso ou não. No hospital o médico vai avaliar os sintomas clínicos do paciente, pedir exames, avaliar se o animal é venenoso, para saber qual a conduta a ser tomada", orientou.

A cobra levada viva à unidade do Heuro em Cacoal foi capturada e recolhida pelos funcionários do local.

"Ele correu o risco de ser picado novamente e colocou a segurança das outras pessoas em risco também. O correto seria colocar o animal em algum pote plástico, para só assim transportá-lo ao hospital", explica Fabiane.