Brasil tem Ítalo Ferreira com o ouro no surfe; Fernando Scheffer bronze na natação e prata de Rayssa Leal no skate.

A primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio veio nas águas de Chiba. Com muita habilidade, o potiguar Ítalo Ferreira superou o japonês Kanoa Igarashi na final do surfe masculino e chegou ao ápice do sonho dourado na madrugada desta terça-feira (27). Após uma campanha sólida, Ítalo encarou o anfitrião, que havia eliminado o brasileiro Gabriel Medina nas semifinais. Apesar de quebrar a prancha no início da disputa, o atleta esteve durante todo o tempo na frente do somatório das notas e ficou com 15,14, enquanto Igarashi ficou com 6,60. "Tem uma frase que digo: 'Diz amém que o ouro vem'. Acreditei até o final, lutei muito e Deus realizou meu sonho. Tenho que agradecer a Deus pela oportunidade de fazer o que amo e ajudar minha famílita. Conseguiu o que quis, graças a Deus", disse, em entrevista ao canal SporTV.

 

O Brasil conquistou mais uma medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Na noite da última segunda-feira (26), Fernando Scheffer ficou com o bronze nos 200m livre da natação, marcando o tempo de 1min44s66. O pódio foi completo pela dupla britânica Tom Dean com o ouro (1min44s22) e Duncan Scott com a prata (1min44s26).

 

"Não sei até agora ainda (o que senti). Parece que estou travado no tempo. Quando caí para a prova, não estava pensando em tempo, colocação. Só queria fazer minha prova, colocar na água tudo que treinei e nadar feliz a cada braçada, aproveitando cada metro. É uma sensação muito especial. Parece que estou sonhando ainda", disse. O gaúcho de 23 anos de idade afirmou que pulou na água sem pressão. "Sempre nos preparamos pensando na medalha. Quando chega a competição, tento tirar a pressão, a cobrança por resultado. É difícil fazer isso na hora certa, mas me preparei para isso", completou.

 

Com a prata de Rayssa Leal no skate street na madrugada desta segunda-feira (26) nos Jogos de Tóquio 2020, o Nordeste contabiliza 50 medalhas olímpicas conquistadas por atletas da região. Nascida no Maranhão, a Fadinha, como a skatista é apelidada, é a 43ª nordestina a subir no pódio olímpico.

 

Além de ter feito história por se tratar de uma modalidade estreante no programa olímpico, Rayssa Leal ainda se tornou a atleta brasileira mais jovem a conquistar uma medalha em Olimpíadas. Ela subiu no pódio aos 13 anos, seis meses e 21 dias superando Rosângela Santos que foi bronze aos 17 anos no revezamento 4x100m do atletismo em Pequim 2008.

 

Já na história das Olimpíadas, a Fadinha é superada por outros atletas. O mais jovem medalhista é Dimitrios Loundras, que foi bronze na ginástica por equipes na primeira edição em 1896 aos 10 anos e 218 dias. Entre as mulheres, a italiana Luigina Giavotti ficou com a prata também na ginástica por equipes aos 11 anos e 301 dias, nos Jogos de 1928 em Amsterdã, na Holanda.

 

Além disso, devido aos poucos registros das primeiras edições do evento esportivo, o título olímpico no remo do francês Marcel Depaillé aos sete anos em 1900 não foi oficializado. Já a nadadora Elizabeth Verona, com 13 anos e 129 dias, foi campeã do revezamento 4x100m livre em Roma 1960. Porém, ela não teve a marca registrada, já que nadou apenas as eliminatórias e, na época, apenas as titulares aparecem como vencedoras no relatório oficial. Com isso, Marjorie Gestring, dos Estados Unidos, é a campeã olímpica mais nova da história ao ficar com o ouro nos saltos ornamentais em Berlim 1936. Se tivesse subido no lugar mais alto do pódio, a marca seria de Rayssa Leal.

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