OS CONDENADOS DA TERRA

Síntese escrita por Ademilson Almeida


A violência com que se afirmou a supremacia dos valores brancos, a agressividade de que impregnou o confronto vitorioso desses valores com os modos de: vida ou de pensamento dos colonizados fazem com que, por uma justa reviravolta das coisas, o colonizado ria com escárnio ante a evocação de tais valores. (FANON, 1968, p.32) 


Fanon destaca como os moldes da colonização perpassou pelo viés da violação dos direitos fecundos e da forma violenta que os colonos foram submetidos, segundo o autor essa violência se deu a partir de um discurso ideológico e capitalista. Em que tal brutalidade não foi somente física, mas, sobretudo étnico, cultural e religiosa. 

Portanto, essa força violenta de colonização tinha um único interesse o comércio mercantil de escravo entre outros. Pois era necessário abastecer a metrópoles de toda riqueza extraída das terras dos colonizados, nesse contexto o expansionismo da cultura europeia se deu a partir da impregnação da cristandade, ou seja, do cristianismo, tudo isso com interesse comercial. Dentro do contexto da colonização da África, a Igreja coube moldar o dinamismo da cultural africana, tratando assim de molda-os dentro de uma religiosidade cristã, pois este foi um marco na história da humanidade e, que a mesma perpassava por inúmeros conflitos internos, denotando assim a força guerreira existente dos próprios negros. 

O que se percebe aqui é trasladação de uma imputação cultural dita naquele contexto de cultura superior europeia, causando assim uma ruptura nas tradições locais e nas inúmeras tribos e povos colonizados, a partir de uma holística da classe branca, ou seja, dos colonizadores. Fanon vai destacar as consequências que a força brutal da colonização causou nos indivíduos e como essas vias hostis acarretou uma doença psíquica tão cruel como a imputação da religiosidade cristã. Portanto, neste linear os conflitos serviram somente para matar tanto o corpo como o racional do homem negro africano. 

Essa obra traz uma abordagem bastante pertinente, pois, enfatiza a importância da colonização do povo africano como um viés do egocentrismo burguês, viabilizando assim um consenso pertinente para o desmembramento de um poder ideológico e político local, em troca estala-se um poder mais astuto e cheio de requinte de brutalidade étnico ideológico, perpassando assim pelo viés da sociabilidade comum, ou seja, essa comicidade aferia somente aos colonizadores.

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