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A Justiça do Rio de
Janeiro decretou
o bloqueio do WhatsApp em todo o Brasil depois
que a empresa se recusou a cumprir uma ordem judicial que pedia acesso a
informações de investigados. É a terceira vez que o aplicativo, que pertence ao
Facebook, é bloqueado no país.
De acordo com a juíza Daniela
Barbosa Assumpção de Souza, que
deu a ordem para o bloqueio, a empresa foi notificada três vezes, com imposição
de multa, mas descumpriu reiteradamente as decisões da Justiça.
“É o que acontece em
diversas investigações. As operadoras cumprem. O Google cumpre. Por que o
WhatsApp não pode cumprir?”, disse a ÉPOCA. “Os criminosos brasileiros enxergam
no WhatsApp um escudo, um porto seguro para cometer crimes e planejar
execuções”, diz.
A juíza afirma que as
investigações estão sob sigilo. Diz apenas se tratar do requerimento de
informações de membros de uma suposta organização criminosa que atua no estado
do Rio de Janeiro. Eles não temem a punição dos executivos, porque o crime de
desobediência é de baixo potencial ofensivo. Eles só temem a suspensão”, diz a
juíza.
Daniela diz reconhecer
que a suspensão do serviço prejudica os mais de 100 milhões de usuários
brasileiros que usam o WhatsApp para se comunicar e para atividades
profissionais, mas reforça a responsabilidade da empresa. “Não é a Justiça que
está tirando o aplicativo do ar. É o WhatsApp. Ele sabe as consequências
de não responder a uma ordem judicial. E, quando respondem, ainda respondem em
inglês”, diz.
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