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Heródoto Barbeiro em estúdio da Record News; jornalista é o principal nome do canal
DANIEL CASTRO - Publicado em 24/11/2016, às 06h21
No ar há nove anos, a Record News será relançada em 2017. Um grupo
de jornalistas da Record estuda uma nova programação para a emissora,
que voltará a ser um canal de notícias como se pretendia em 2007, quando
foi lançado pelo bispo Edir Macedo e pelo então presidente Luiz Inácio
Lula da Silva com a missão de "democratizar a comunicação" no país.
Inicialmente com 150 jornalistas exclusivos, a Record News não
apresentou os resultados que a cúpula da Record esperava e definhou nos
últimos anos. Primeiramente, deixou de produzir reportagens e programas
próprios e passou a reprisar conteúdo da Record. Só não acabou
totalmente porque manteve o jornalista Heródoto Barbeiro ancorando um
telejornal baseado em opiniões, de comentaristas e convidados.
Neste ano, a Record News sofreu um duro golpe. Adotou as
recomendações de uma agência de publicidade, que o reconfigurou para um
público de classes B e C com perfil empreendedor. O jornalismo, que já
era baseado em reprises da Record, perdeu espaço para programas
realizados por terceiros, em horários alugados. A Record News ficou
menos news e menos Record. A identidade, com novo logotipo e a marca
"RN", se distanciou da Record.
O plano agora é retomar a "vocação" do canal para o jornalismo,
recuperando prestígio e verbas publicitárias, mesmo sem grandes
investimentos. O grupo de jornalistas que estuda a reestruturação é
formado por chefes e diretores de Redação, subordinados ao
vice-presidente de jornalismo, Douglas Tavolaro.
O grupo é capitaneado por Rafael Gomide, responsável por reportagens
especiais e programas como Câmera Record e Repórter Record Investigação.
As propostas serão apresentadas em breve para direção da Record.