Leia o livro 'Meu eu, poesia que vem da alma' da Araciense Josy Miranda


Foto: Facebook
O Tribuna Sisaleira tem a honra de divulgar uma das obras literárias de uma autora baiana,  a poetisa araciense Josy Miranda, jornalista de formação, que lançou em setembro o livro “Meu Eu, poesia que vem da alma”. Filha de lavrador do sertão de Araci, ela faz também do teatro uma opção de existência e prepara mais um livro, um romance, que narra a saga de uma jovem interiorana que, depois de sofrer inúmeras decepções na vida, enfrenta o desafio de morar sozinha em uma metrópole. Conheça-a. 


Meu eu

por Josy Miranda
Meu eu
Encontro-me despida 


Despida de corpo e de alma
Já não há mais segredos em mim.
Nua e limpa como uma folha de papel em branco.
Escrevo minha história com o mesmo sonho do passado,
apagado na memória e do meu corpo.
Mais uma vez me encontro virgem e busco o primeiro amor, o primeiro sonho de um romance lindo,
aquele que o vento roubou da minha infância,
levou para longe. Onde a minha certeza me faz querer encontrá-lo. Eu sei que não está aqui, pois minhas buscas não param.
Se meu sonho estivesse aqui, eu iria querer ficar onde estou.
Mas não paro de procurar a verdade que me despiu e deixou saudade.



Ame!
Viver sem amor é como viver sem sonhar, é como viver
sem viver.
Não espere ser escolhido por ninguém: escolha viver por amor.
Não espere uma surpresa ou um buquê de rosas: espere
encontrar um amor.
Não espere por um beijo, um abraço ou um gesto de carinho.
Não espere pela sonhada felicidade: seja feliz hoje, agora.
Não espere os melhores amigos: seja o melhor amigo para si mesmo e para os outros.
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Eu sou loucamente apaixonada por sua verdade.
Sua verdade me fascina, me alucina, me tira o fôlego.
É como mergulhar no infinito do mar, sei que não irei me
afogar, pois aprendi a nadar por entre as ondas.
O grito de verdade vive a pulsar em mim, mas só me serve
assim: Verdadeiro.
O amor vive a crescer em mim, mas só me serve assim:
verdadeiro.
Meias verdades não me servem.
Meios amores não me agradam.
Se estiver, que
Esteja por inteiro
Se partir, que tenha vontade de voltar.
E se for amor,
Que seja verdade.



Amar!
Ah amar!
Amar é como tirar o ser do meu ser, e o meu ser continuar
vivendo.
Amar é bom.
É sentir amor e dor, uma mistura de saudade com liberdade.
É correr para que o tempo passe.
Amar!
Amar agora.
Amar a distância, não importa a saudade.
O que vale mesmo é amar.
Amor sem medida, sem começo, nem fim.
Sem entender o porquê, apenas querer viver o amor.
De qualquer forma, em qualquer tempo e de qualquer modo.
Amor é o que sinto agora, onde meu ser me devora e o que sobrou foi amor.



Entenda-me
Ah! Como eu queria que alguém me aceitasse como eu sou.
Sem precisar fingir ou mentir.
Ah! Como eu queria que alguém me escolhesse entre
milhares na multidão.
Nem precisa ser você.
Basta ser alguém que me entenda
Que me entenda de verdade
E me aceite por inteira
Não parte de mim
Mas todo o meu ser.
Vou gritar ao mundo que quero ser aceita
Quero ser aceita de verdade
Sem julgamento
Sem preconceito
Sem maldade
Aceite o que a vida te dá!
Sem reclamar
Pois o resto já é sobra de mim e do que o mundo me oferece.
Se você conseguir entender como estou me sentindo,
você saberá que não está sendo fácil para mim.
Você reclama de tudo e não vê que o outro sente falta do seu abraço.
Você reclama da vida
E não vê que a vida é uma única entrada e uma única saída.
Você reclama do amor que tem!
Enquanto muitos sofrem por nunca ter amado.