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Baiana deixa marmanjos para trás e busca título de melhor capoeirista do mundo

Da Boca do Rio surge o toque feminino na final do Rede Bull Paranauê, competição que promete apontar o capoeirista mais completo do mundo e acontece sábado (28), a partir das 14h30, no Farol da Barra, com entrada gratuita do público. 
Aos 23 anos, Débora ‘Pérolla’ de Almeida superou até o professor ‘Dublê’ para ser a única mulher entre os 16 finalistas, metade deles baianos. 
“Me inscrevi como experiência e conhecimento, afinal, tem muito caras grandes, bons e fortes. Fique em estado de transe quando fui selecionada. Não levei roupa e tinha R$ 2 no bolso”, conta ela. Depois da seletiva baiana, na última quinta, os 16 finalistas ficaram instalados num hotel e passaram por aulas com mestres como Nenel e Jogo de Dentro, ontem.
“É difícil ser mulher no meio da capoeira, porque o machismo impera, como em qualquer outro lugar da nossa sociedade. Mas vou na cara e na coragem”, diz Pérolla, que começou na capoeira aos 8 anos no projeto social Mus-e Brasil, na Boca do Rio, e ganhou o apelido em referência à música Ilê Pérola Negra, de Daniela Mercury.
O vencedor da competição ganhará três dias na academia do Mestre João Grande, em Nova York. Para isso é preciso ser bom nos três toques da luta - regional, angola e contemporânea - perante um corpo de jurados com seis mestres: Nenel, Itapuã, Jogo de Dentro, Virgílio, Paulinho Sabiá e Capixaba.
Os 16 finalistas são: Alisson Vieira “Máscara” (São Paulo), Lucas Ferreira “Ratto” (Salvador), Kleber Santos “Kbeção” (Salvador), Roberto Campos “Roliço” (Amapá), Marcus Vinícius “Anum” (Salvador), Débora Santos de Almeida “Perolla” (Salvador), Nahuel Mingote “Guaxini do Mar” (Salvador), Stenio Almeida “Aranha” (de Aracaju, mas mora nos EUA), Diop Baidy “Caribu” (Bélgica), Antônio da Silva “Black” (de Paulo Afonso, mas mora na França), Eduardo Nunes “Africano” (de Salvador, mas mora na Espanha), Joseph Augusto (São Paulo), Arthur Santos Dias da Cruz (São Paulo), Anderson Cavalcante (Rio de Janeiro), Antônio Ricardo Ribeiro (Rio de Janeiro) e Chipa (Salvador, mora nos EUA, classificado na seletiva de Barcelona).