Criada por filha de Paulo Freire, Escola da Vila é vendida a simpatizante do MBL

A direita brasileira sequer tornou lei o projeto da “escola sem partido” mas já vem cooptando iniciativas inovadoras no campo da educação. A Escola da Vila, em São Paulo, referência no método de aprendizado autônomo e valorização do pensamento crítico, foi vendida para a empresa de Guilherme Affonso Ferreira Filho, simpatizante de Bolsonaro e MBL 
Se a mobilização popular pode barrar um projeto como o “escola sem partido” ou fazer resistência a uma reforma do ensino médio, o capital encontra outras maneiras de impor no campo da educação seu modus operandi. Um exemplo é a Escola da Vila, que acaba de ser vendida para a Bahema S.A que, segundo seu próprio site, é uma empresa de investimentos que atua “em diferentes setores”, mas que agora está construindo um “grupo brasileiro de educação”.

A Escola da Vila, que tem três unidades em São Paulo, foi fundada em 1980 por um grupo de professores, sem qualquer investimento de capital privado. Ela se tornou referência no ensino construtivista, que valoriza a autonomia de aprendizagem e o pensamento crítico. Teve, entre suas criadoras, Madalena Freire, filha do maior nome da educação no país, o educador, pedagogo e filósofo Paulo Freire.