Polícia suspeita de execução em morte de cantor gospel

A Polícia de Ibirapitanga, no Baixo Sul do estado, investiga a suspeita de execução na morte do pastor e cantor Netto Paz. O enterro da vítima, Melquiades Santos Neto, de 33 anos, ocorreu na tarde de quinta-feira (26) e foi marcado por comoção. Netto Paz foi morto a tiros na quarta-feira (25) quando estava no carro dele, no entroncamento de entrada da cidade. Dois homens a bordo de um carro branco chegaram atirando.
Os criminosos não levaram nada da vítima, que perdeu o controle do carro, caindo em uma ribanceira. Uma filha dele que estava no carro também foi atingida por dois tiros. A adolescente está na UTI do Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, e o quadro de saúde dela é estável. Outra filha, de sete anos, a esposa e um pastor que acompanhava a família não ficaram feridos. A população se despediu do cantor, cujo corpo que ficou na igreja quadrangular, onde o pastor atuava. Centenas de pessoas acompanharam o ato. Vestidos de branco, os moradores seguraram cartazes e pediram justiça sobre o caso. Até esta sexta-feira (27), nenhum dos acusados foi encontrado.
Neto era conhecido por movimentar a cena cultural da cidade. Ele promovia cultos e campanhas frequentes, convidando pastores e amigos músicos de fora. Também fazia shows gratuitos na cidade.
Carreira musical – Melquiades começou a carreira musical na banda de forró-gospel Shalom, em 1997. No ano de 2014, saiu da banda para começar carreira solo como Netto Paz. No mesmo ano, gravou um DVD.
Em 2015, assinou com a gravadora Universal Music. Em 2017, lançou o CD ‘Filho do Rei’, seu derradeiro álbum. Neto deixa esposa e duas filhas.
Nota de pesar – A banda Shalom se manifestou através de uma postagem no Facebook: “Não entendemos agora Senhor, mas tenho certeza de que meu irmão tem um lugar no Céu, onde devemos estar preparados para ir. Sentimentos à todos os familiares”.
A Universal Music lamentou em nota: “Por uma ironia do destino, o cantor levava a PAZ em seu nome artístico, ontem se tornou mais uma vítima da violência que assola o nosso país”.