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CHUVAS NO TERRITÓRIO DO SISAL VOLTA A ALEGRAR O SERTANEJO

As áreas de instabilidade continuam ganhando força pela faixa litorânea e pelo interior do Nordeste mantendo as condições de chuva. Vários estados e capitais da região nordeste continuam com risco de chuva forte e volumosa durante esta sexta-feira (23) e todo o final de semana. Boa parte dos municípios do território do sisal Baiano estão vendo chuva deste a madrugada desta quinta-feira (22). Para algumas cidades, a chuva veio no final da tarde desta sexta-feira. O fato é que a chuva, como resultado do intenso calor e umidade da semana, virá ou veio para a maioria das cidades. A média do território será de 30° C, com sensação térmica de de 28° C, umidade de 70%, ventos de 20 km e 6 milímetros de chuva. A cidade de Tucano viu chuva desde a quinta-feira. As cidades de Araci, Teofilândia, Barrocas, Conceição do Coité, Tucano e Pombal, estão ouvindo trovões e vendo chuvas fracas deste o início da tarde desta sexta-feira.


Tão esperada chuva chega a Conceição do Coité. Não há registros de acidentes, mas é preciso que motoristas e motociclistas fiquem atentos as ruas mais baixas da cidade onde costumam ter verdadeiras crateras abertas quando às águas arrancam os paralelepípedos.
Praça da Matriz é passagem de toda água que desce da Rua Padre Madureira e adjacências | Foto: Raimundo Mascarenhas
A população coiteense comemora a tão esperada chuva. O temporal foi divido em três momentos: iniciou por volta das 17h40 desta sexta-feira, 23, de forma tranquila sem raios e trovões e perdurou por cerca de 1 hora quando ficou a base de chuvisco, em seguida passou a cair com mais força e surgiram os raios e trovões que também teve duração de uma hora.
A equipe do Calila saiu para verificar a situação dos pontos mais vulneráveis quando caiu mais uma chuva, mais fraca em relação as duas anteriores.
Veja abaixo fotos de alguns pontos de passagem de água que mais parece rio correndo. Motoristas e motociclistas devem ficar atentos as crateras feitas pelas chuvas nas áreas relacionadas as fotos.
Rua Carijé na parte mais baixa | Foto: Raimundo Mascarenhas
Cruzamento da Rua Carijé parte mais baixa com sentido a Praça Porcina Rosa (Praça do Fórum) | Foto: Raimundo Mascarenhas
Águas do Bairro Açudinho e Avenida Getúlio Vargas em grande volume passa ao lado do Posto Vila Rica | Foto: Raimundo Mascarenhas
Água desce com muita força ao lado do posto e segue no sentido Olhos d’água | Foto: Raimundo Mascarenhas
Cruzamento próximo ao Posto Boaventura sentido Bairro dos Barreiros. | Foto: Raimundo Mascarenhas

Recuperação do trecho da BA 210 levado pela correnteza começa hoje; garante secretário Marcus Cavalcante. O trecho afetado pela chuva é um dos mais novos da Bahia, já que foi inaugurado no dia 10 de janeiro deste ano pelo governador Rui Costa.
Recuperação da rodovia da BA 210 levada pela correnteza
Tão logo tomou conhecimento que em consequência das fortes chuvas que caíram no município de Abaré nos últimos dias, e que na manhã de sábado, 24, a forte correnteza levou parte da rodovia provocando uma grande cratera na BA 210, trecho que liga Abaré ao entroncamento com a BR 116,o secretário de Infraestrutura Marcus Cavalcante mobilizou a empresa responsável pela construção que de imediato sinalizou toda área ainda no sábado, e encaminhou homens e máquinas para iniciar a recuperação já neste domingo (25).
Pista recém inaugurada já sofreu este grande estrago
O trecho afetado pela chuva é um dos mais novos da Bahia, já que foi inaugurado no dia 10 de janeiro deste ano pelo governador Rui Costa.
Abaré é o último município da Bahia localizando na BR 116 e tem o importante distrito de Ibó que fica na divisa com o estado de Pernambuco.

Nordeste já conta com monitoramento piloto para as secas

Com o Monitor, é possível saber quais regiões estão sendo mais afetadas e conseguir traçar uma tendência de evolução dessa seca
A Região Nordeste conta com o Monitor de Secas para acompanhar o ciclo de estiagem e melhorar a política e a gestão dos problemas decorrentes da escassez de chuva. O objetivo do Monitor é integrar o conhecimento técnico e científico já existente em diferentes instituições estaduais e federais e estabelecer diferentes graus de severidades da estiagem, permitindo acompanhar a evolução temporal e espacial. As informações são atualizadas mensalmente. O modelo foi baseado no Monitor de Secas dos Estados Unidos, desenvolvido pelo Centro Nacional de Mitigação de Secas dos EUA (NDMC).
O modelo de acompanhamento facilita a tradução das informações em ferramentas e produtos para serem utilizados por instituições tomadoras de decisão e indivíduos, de modo a fortalecer os mecanismos de monitoramento, previsão e alerta precoce. Além disso, é uma maneira de consolidar em um mesmo lugar e com uma mesma linguagem as diferentes informações sobre seca na região, que sempre tiveram espalhadas em órgãos diferentes, usando indicadores diversos. “Não havia muita possibilidade de integração das informações e compartilhamento dos dados”, recorda Ana Paula Fiorezi, superintendente adjunta de Operações e Eventos Críticos da Agência Nacional de Águas (ANA).
Na verdade, o que o equipamento faz é sistematizar o processo com uma metodologia bastante simples: usar indicadores de secas que são consagradas em nível mundial e classificar a seca em classes de severidade. “Vai de situação sem seca ou de seca moderada até seca excepcional. Uma vez por mês são elaborados mapas que permitem uma comparação da evolução da seca na região”, explica a representante da agência.
Com o Monitor, é possível saber quais regiões estão sendo mais afetadas e conseguir traçar uma tendência de evolução dessa seca. “A resposta à seca não depende só da severidade do evento naquele determinado momento, mas de um acumulado de históricos porque uma coisa é você ter uma seca severa que persistia dois meses e outra que persistia há alguns anos”, complementa Ana Paula Fioreze.
Ela explica ainda que quando o cidadão entra nesse mapa consegue visualizar as informações não somente por estados. “Não é uma instituição só que faz isso e privilegia a participação de todas as instituições estaduais. São três estados que fazem o revezamento na autoria: Bahia, com o Inema – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia; Pernambuco com a Apac – Agência Pernambucana de Águas e Clima e o Ceará com a Funceme – Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos”, ressalta. Eles usam dados que estão disponíveis em diferentes locais e consolidam as informações. Todos os estados participam de um processo de validação pegando os mapas e verificando com as pessoas que atuam no campo se aquilo corresponde a realidade ou não.
As informações sobre seca dificilmente são conseguidas em tempo real. A periodicidade que se consegue por enquanto é mensal. “Na verdade é um instrumento utilizado mais pelos órgãos gestores de recursos hídricos. Mas vários estados e o Ministério da Integração, também em algumas ações, usam para confirmar situação de emergência ou de calamidade e para se planejar para resposta, como por exemplo a carros-pipas ou outros socorros”, reforça a superintendente da ANA.
O sistema é um instrumento de monitoramento e não de prognóstico. Por enquanto, está centralizado no Nordeste. Desde janeiro de 2017, o equipamento passou a ser coordenado pela Agência Nacional de Águas e um dos objetivos é expandir esse monitoramento para todo o país em cinco anos.
Ana Paula Fioreze lembra que população pode acessar todos os mapas e os indicadores do Monitor, além dos resultados finais, que são sempre disponibilizados no 15º dia do mês subsequente. Há também o aplicativo, disponível para IOS e Android, onde podem ser baixados os indicadores que vêm sempre com uma narrativa do mês anterior. O endereço é: monitordesecas.ana.gov.br