Segundo os dois médicos que atenderam a família, as vítimas salivavam muito e apresentavam um quadro de hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue) quando chegaram às unidades de saúde. Todos os três casos ocorreram em segundas-feiras seguidas.
“A segunda filha do casal chegou na unidade de pronto atendimento praticamente sem reação, bastante secretiva, com saliva. A gente tentou todo o protocolo, sem êxito. Sete dias depois, foi a mãe. A mãe chegou com muita saliva, suor, estremidades bastante frias. Tentamos fazer de tudo também, mas não conseguimos”, contou o médico Sávilo Santana, que atendeu as vítimas na UPA.
Conforme informações do delegado Marcos Veloso, titular de Maragogipe, a polícia já periciou a casa onde mãe e filhas moravam e encontrou comprimidos de cloridrato de metformina – medicamento usado por pessoas com diabetes. O material foi encaminhado para perícia.
A situação é investigada. Os corpos das vítimas foram periciados e os laudos devem apontar as causas da morte. A polícia aguarda os resultados dos exames, que devem sair em 30 dias.
“Suspeito, nós não temos nenhum. A investigação está bem no início. Foram três mortes, todas na segunda-feira. Fato estranho. Tudo indica que foi envenenamento”, contou o delegado Marcos Veloso.
Nesta terça-feira (14), Adriane Ribeiro foi enterrada. O sepultamento foi realizado no povoado de Nagé. Durante a cerimônia, o marido dela e pai das crianças, identificado como Jeferson Brandão, também passou mal. Ele foi socorrido e levado para a UPA de Maragogipe. Não há detalhes sobre o estado de saúde do homem.