"RUBENS ROCHA" (in memoria) É O SEGUNDO HOMENAGEADO COMO 'PERSONALIDADE NOTA 10" DO TS.

O Site e o programa de Rádio que vai ao ar todos os sábados das 8 as 9hs, denominado Jornal Tribuna Sisaleira, sobre o comando do Locutor, Operador e Ancora do programa, Luiz Santana, irá homenagear as "PERSONALIDADE NOTA 10" que inicialmente será realizado uma matéria, seguida de entrevista ao vivo no studio ou no espaço de ação do homenageado, "In Memoria" no caso dele já falecido ou em loco no caso do mesmo estar vivo e no final do ano haverá uma surpresa para estes homenageados. Você poderá nos indicar candidatos para este quadro a exemplo do nosso primeiro homenageado o Senhor Gonzaga e agora o grande escritor e historiador Rubens Rocha.  


MORRE O ESCRITOR DA HISTORIA DE TUCANO -RUBENS ROCHA

A sociedade Tucano recebe com tristeza e lamento, a perda da vida deste grande escritor, historiador e cineasta,Rubens Rocha, que faleceu na tarde desta quarta feira na capital Baiana.
Licenciado em História pelo Instituo de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Católica de Salvador, membro da Academia de Letras e Tucano e membro titular da Academia de Letras Municipais do Brasil, Rubens Rocha Lança o primeiro livro contendo 87 páginas sobre as primeiras providências, atos e realizações da Câmara Municipal de Tucano desde o ano de 1837.
O Autor autografou seu livros  na noite do último sábado e companhia também da escritora médica Dra, Maria Graça Moura , que lançou também seu livro "Tramas Poéticas".
FOI NESTE DIA 25 DE MARÇO DE 2017, as 19:40. NA CÂMARA DE VEREADORES DO MUNICÍPIO DE TUCANO 
LANÇAMENTO DO LIVRO "TUCANO DE ONTEM".
O escritor Rubens Rocha lançará o livro "Tucano de Ontem". O livro publicado pela Editora Gráfica Tibiriçá, é fruto de experiência ao longo de mais de 50 anos como Professor atuando na área de Ciências Humanas. 
Aspectos socioculturais e históricos de sua terra natal são alguns dos temas abordados nessa obra. Com Rubens Rocha.

Quando soube da notícia pela tarde, levei com desconfiança o aviso – Tucano tem o péssimo hábito de finar e aleijar as vítimas antes do tempo e as redes sociais facilitam esta prática descuidada. Mas, infelizmente a notícia era verdadeira, o professor Rubens Rocha tinha ido embora na tarde de uma quarta-feira. Dia comum entre dias comuns, passagem sem alardes. Fiquei sentido com o acontecido. O professor em questão nunca lecionou nada para mim na frente de uma lousa, mas tinha o hábito de chama-lo assim só pela importância que tinha por ter me ensinado tanta coisa sobre o lugar onde nasci e, aquilo que não me ensinou, de algum modo, me incitou a descobrir.
Pelo que sei, o Rubens foi o primeiro interessado em fazer registro daquilo que ninguém tinha interesse: a história de um lugar sem história – Tucano. E isto já diz muito sobre ele. Não só escreveu como filmou, falou, promoveu e divulgou boa parte do que Tucano é em historicidade e cultura. Qualquer estudante que um dia se viu obrigado a pesquisar sobre a Imperial Vila de Sant’Anna e Santo Antônio dos Tocanos recaiu no famoso livro “História de Tucano” de 1976. Ele era sinônimo da história de um vilarejo velho que pouco sabe de si. Certa vez, me ligou entusiasmado, estava escrevendo um livro (o último) e queria que eu prefaciasse – “Olhe, eu leio o que você escreve e gosto muito” me disse com toda aquela dicção própria dele entre cortes de respiração profunda –, falei que eu não era nada, que não era historiador, que não tinha motivo para a escolha e ele disse certeiro e absoluto “Eu quero!”. Não tive como escapar. Escrevi. E fico muito feliz de ter podido escrever, porque pude agradecer a ele em vida por todo conhecimento dado e incitado.
Uma das últimas oportunidades em que estive com ele, foi justamente no lançamento do seu último livro, onde ele abriu o berro e reclamou com toda sua autoridade de velho senhor que a idade concede. Falou contra os poderes do município que nunca tiveram a decência de estar presente em um lançamento de livro seu, parecia bobagem, mero capricho do velho professor, mas percebi que não era. Ali, a revolta pessoal era um desabafo contra o descaso político com a cultura e história do município durante anos.  Ele tinha/tem razão. Nenhuma autoridade teve a consideração de olhar com atenção a cultura municipal que ele olhou com tanto cuidado e importância.
O professor se foi. A ele, meu agradecimento em nome desta gente que aprendeu um pouco mais sobre si através dele. À Dona Norma e a seus filhos, meus sinceros sentimentos. A Tucano, minhas condolências.