Sesab confirma 47 mortes por dengue em 2024 na Bahia

Bahia é o estado menos afetado pelo coronavírus entre os maiores do Brasil

As ações de isolamento social e restrição de circulação de pessoas adotadas pelo Governo do Estado surtiram efeito e os números podem comprovar sua eficácia. Entre os cinco estados mais populosos do Brasil, a Bahia se destaca como o que tem menos casos de pessoas infectados com o novo coronavírus (Covid-19), em números relativos. O resultado foi  baseado nos dados divulgados nesta terça-feira (31), pelas Secretarias de Saúde dos estados citados.
Com mais de 14 milhões de habitantes, o maior estado da região Nordeste tem 217 casos positivos para o Covid-19  e 2 mortes. O número de casos por 100 mil habitantes equivale a 1,45 e em relação a mortes, a estatística é de 1 a cada 108,5.
São Paulo, com mais de 45 milhões de habitantes é o estado mais atingido pela pandemia no país, com 2339 casos confirmados e 136 óbitos. Proporcionalmente, são 5,05 casos a cada 100 mil habitantes e 1 morte a cada 17,1.
Com mais de 21 milhões de pessoas, Minas Gerais tem 314 confirmações com 3 mortes. Os casos a cada 100 mil habitantes é de 1,47 e os óbitos atingem 1 pessoa a cada 104,66.
Já no Rio de Janeiro, 708 pessoas testaram positivo e 23 morreram. Com uma população de 17 milhões, os casos a cada 100 mil ficam em 4,08 e quando relacionado a mortes, é de 1 a cada 30,78.
Logo atrás da Bahia no top 5 dos estados mais populosos vem o Paraná, com mais de 11 milhões de habitantes. Por lá já foram confirmados 244 casos, o que equivale a 1,94 a cada 100. O estado conta com 3 mortes, com taxa de 1 a cada 74,6.
O governador Rui Costa publicou uma série de decretos, válidos por 30 dias, que entre outras medidas, proíbe a realização de qualquer evento com mais de 50 pessoas, suspende de aulas da rede pública e particular nos municípios com casos confirmados e determina o fechamento de teatros, museus, zoológicos. As ações valem até o próximo dia 16.
Políticas públicas rápidas surtem efeito importante
Um dos maiores trunfos para a contenção do novo coronavírus foi a rápida velocidade com que as medidas foram tomadas, fator que, segundo especialistas como o virologista Átila Iamarino — um dos principais divulgadores científicos em relação à Covid-19 —  é crucial para diminuir a curva de contaminação e proliferação da pandemia.
O tratamento de guerra contra a pandemia foi fundamental para a supressão inicial do contágio, afinal, a problemática maior do coronavírus não é a própria taxa de letalidade da doença, e sim uma eventual crise de saúde, tanto no setor público quanto privado.
Por conta do acréscimo fora do esperado de internações, outros tipos de enfermidades que necessitam de cuidados médicos podem acabar ficando sem atendimento. Considerando isto, todo tempo que for possível para suprimir o aumento de casos é fundamental para o aumento de leitos e maior preparação para enfrentar a doença.
“Não é gripezinha. Vou continuar trabalhando em defesa da vida. Olhar nos olhos das pessoas e dizer: estamos numa guerra. Acorda. Temos que vencê-la. Chega de discurso vazio e delírios. Vamos trabalhar mais e mais. Responsabilidade. Todos contra o coronavírus”, declarou o governador Rui Costa em suas redes sociais na última semana
Dentro deste aspecto, é possível citar a recuperação do falido Hospital Espanhol, em Salvador, que terá a disposição 160 novos leitos; a transformação do Fazendão, antigo centro de treinamento do Esporte Clube Bahia, num local para atendimento de pacientes com Covid-19, com 44 leitos clínicos; e as preparações especiais dos hospitais Couto Maia — um dos maiores centros de referência em tratamento de doenças infecto-contagiosas de todo o país — e dos Hospitais Gerais do Estado (HGE) e Roberto Santos, que somados têm mais de 400 leitos disponíveis.