Sesab confirma 47 mortes por dengue em 2024 na Bahia

'O que eu mais quero é que ele seja preso', diz mãe de Lázaro Barbosa suspeito de mortes em série na BA, GO e DF

 

'O que eu mais quero é que ele seja preso', diz mãe de Lázaro Barbosa suspeito de mortes em série na BA, GO e DF

O que eu mais quero é que ele seja preso, para ele esclarecer todas as verdades", disse Eva Maria de Souza, mãe de Lázaro Barbosa, de 32 anos, suspeito de mortes em série na Bahia, Goiás e Distrito Federal.

Durante entrevista feita na cidade de Barra do Mendes ao BATV, programa da TV Bahia, na noite de quinta-feira (17), Eva Maria de Souza afirma que acredita que o filho cometeu os crimes nos quais já foram confirmados.

"Eu acredito naquilo que tem certeza, que teve digital, como lá na casa, que pegaram a digital dele, aí sim tenho certeza", disse a mãe de Lázaro Barbosa.

"O que está acontecendo não foi coisa que veio da mente dele não. Isso é uma coisa que perturba ele, depois da perturbação sai, aí é a hora do arrependimento".

Eva Maria de Souza afirmou que acredita que Lázaro Barbosa está sendo perturbado por um "demônio" e revelou que ela não o vê há dois anos.

"Eu acho assim, que é um demônio, um demônio que perturba ele. Tem mais de dois ano que eu não o vejo", disse a mãe do suspeito.

Ele é procurado por mais de 200 agentes das polícias Militar, Civil e Federal e os primeiros crimes teriam sido cometidos há 13 anos, no distrito de Melancia, em Barra do Mendes, na Bahia. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) disse que um dos crimes foi denunciado ao órgão em 2008 e uma ação penal já transita na Justiça.

Segundo vizinhos da família de Lázaro Barbosa, o primeiro crime que teria sido cometido por ele ocorreu em novembro de 2008, quando Lázaro atirou em um homem que tentou evitar que ele cometesse um estupro. A vítima foi atingida no peito.

O lavrador José Carlos, conhecido como Carlito, escutou gritos de uma vizinha. E, chegando ao imóvel, tentou questionar o homem motivo da violência. De acordo com o irmão da vítima, Pedro Oliveira, Lázaro estava armado e atirou contra o vizinho.

"Ele [Lázaro] estava com uma espingarda na mão, só fez encostar a arma no peito dele [de Carlito] e disparou à queima-roupa. No momento que eu saí para chamar meu irmão e avisar a mãe, eu escutei o tiro. Era bem próximo. Saí correndo e ele tinha fugido. Só fiz pegar ele [Carlito], botar no carro e levei para o hospital, mas chegou lá quase sem vida", disse o agricultor.

A vizinha Adriana, que sofreu a tentativa de estupro, está traumatizada com o caso desde que foi violentada.

O pai da mulher, José Sales, disse que ela fica apreensiva com a possibilidade de Lázaro retornar à Bahia.

"Ela me perguntou: Meu pai, será que esse homem ainda vai vir aqui pra Bahia? Eu estou aqui assombrada", diz José sobre a preocupação da filha.

Chacina

Lázaro é procurado desde 9 de junho, após invadir a casa de uma família. Lá, ele matou o empresário Cláudio Vidal, de 48 anos, e os dois filhos dele, Gustavo Vidal, de 21, e Carlos Eduardo Vidal, de 15. Os três foram encontrados com marcas de tiros e facadas.

A esposa de Cláudio e mãe dos jovens, Cleonice Marques de Andrade, de 43 anos, foi sequestrada e encontrada morta três dias depois, em um córrego da região.

Nos últimos dias, ele fez uma série de assaltos a chácaras no Entorno. Em um dos crimes, deixou três pessoas baleadas e, na terça-feira (15), um policial que atuava nas buscas foi atingido com um tiro de raspão no rosto.


Crimes em série

Lázaro tem extensa ficha criminal e já era procurado, após fugas de presídios. Ele responde por um homicídio qualificado praticado na Bahia e também por dois roubos e estupros.

Segundo os investigadores, o suspeito é considerado perigoso e "autor de crimes bárbaros". Em 17 de maio deste ano, segundo a Polícia Civil, ele fez uma família refém na mesma região onde a família foi assassinada, também ameaçando as vítimas com faca e arma de fogo. Durante o crime, mandou as pessoas ficarem nuas.

Um laudo psicológico feito em 2013 também aponta que Lázaro é "um psicopata imprevisível", acostumado a andar e dormir no mato.

Comentários