2 JULHO INDEPENDÊNCIA DA BAHIA

A coragem e o espírito de luta dos baianos fizeram o Brasil despertar para um novo capítulo da sua história. Carregamos no peito o orgulho pelo protagonismo heroico e a resistência como inspiração para continuar nossa árdua batalha por dias melhores.

Viva ao 2 de Julho, Patrimônio Cultural Imaterial do Estado registrado pelo IPAC desde 2006, nosso grito de liberdade e esperança porque “com tiranos não combinam brasileiros, brasileiros corações".
Em breve, a Fundação Pedro Calmon (@fpedrocalmon) lançará um projeto para celebração dos 200 anos da Independência do Brasil na Bahia com extensa programação.

Independência da Bahia,[nota 1] também chamada de Independência do Brasil na Bahia,[2][3][4][5] foi um movimento que, iniciado em 19 de fevereiro de 1822 e com desfecho em 2 de julho de 1823, motivado pelo sentimento federalista emancipador de seu povo, terminou pela inserção da então província na unidade nacional brasileira, consolidando a Independência do Brasil.[6][7]

Aderira Salvador à Revolução liberal do Porto, de 1820 e, com a convocação das Cortes Gerais em Lisboa, em janeiro do ano seguinte, envia deputados como Miguel Calmon du Pin e Almeida na defesa dos interesses locais. Divide-se a cidade em vários partidos, o liberal unindo mesmo portugueses e brasileiros, interessados em manter a condição conquistada com a vinda da Corte para o país de Reino Unido, e os lusitanos interessados na volta ao estado de antes.[8] Dividem-se os interesses, acirram-se os ânimos: de um lado, portugueses interessados em manter a província como colônia, e do outro, brasileiros, liberais, conservadores, monarquistas e até republicanos se unem, finalmente, no interesse comum de uma luta que já se fazia ao longo de quase um ano, e que somente se faz unificada com a própria Independência do Brasil a partir de 14 de junho de 1822, quando é feita na Câmara da vila de Santo Amaro da Purificação a proclamação que pregava a unidade nacional, e reconhecia a autoridade de D. Pedro I.[8]

Embora antecedida pela Convenção de Beberibe e pelas reações ao Dia do Fico, a luta pela Independência na Bahia veio antes da independência brasileira, e só concretizou-se quase um ano depois do 7 de setembro de 1822: ao contrário da pacífica proclamação às margens do riacho Ipiranga, só ao custo de muitas vidas e batalhas por terra e mar emancipou-se de Portugal, de tal modo que seu Hino afirma ter o Sol que nasceu ao 2 de julho brilhado mais que o primeiro.[9][10][11]

Em 8 de novembro de 1822, registrou-se o principal confronto, conhecido como a Batalha de Pirajá. O General Pedro Labatut, mercenário francês contratado por D. Pedro I para lutar em favor da independência do Brasil, reforçou as tropas que sitiavam a capital baiana com a Brigada do Major (depois coronel) José de Barros Falcão de Lacerda, composta por 1 300 soldados de Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, que repeliu três ataques portugueses, ocasionando 80 mortes e deixando outros 80 feridos.[12][13] Em abril de 1823, chegou em Salvador a esquadra real comandada pelo Almirante inglês Thomas Cochranebloqueando o porto. Sem abastecimento de gêneros alimentícios e impossibilitados de receber reforços, os portugueses se retiraram na madrugada do dia 1 para o dia 2 de julho com as riquezas que puderam levar, e aos 2 dias do mês de julho de 1823, o Exército Libertador entrou triunfante na cidade já desocupada pelo inimigo. Durante o movimento, que se estendeu por um ano e quatro meses, houve aproximadamente 150 mortes no lado brasileiro em campo de batalha.[14]

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