Após registrar contaminação de aluno por covid-19, aulas no CEEP são suspensas

As aulas no Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) em Feira de Santana, estão suspensas desde terça-feira (10), após um aluno da instituição testar positivo para a covid-19. A suspensão é de dez dias e o colégio já passou por desinfecção.

O fato gerou uma resposta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB-Feira), que reforçou a posição contrária sobre o retorno das aulas semipresenciais no estado. A presidente da APLB, a professora Marlede Oliveira disse ao Acorda Cidade que a contaminação do aluno do CEEP é algo que era previsto de acontecer, assim como em qualquer outra escola, principalmente porque os professores e funcionários não estão totalmente imunizados contra a doença e os alunos não receberam nenhuma dose das vacinas.

“Nós estamos nessa luta contra o governo do estado. Contra o retorno às aulas semipresenciais. Várias cidades que algumas escolas retornaram presencialmente, têm acontecido casos. Teremos uma reunião hoje e vamos divulgar sobre isso. Estamos recebendo várias denúncias de escolas que retornaram com vídeo de crianças se abraçando, se aglomerando e o que nós queremos é que o governo do estado entenda que é preciso vacinar todo mundo. A única coisa que nos impede de ficar doente é a vacina, o professor não está totalmente vacinado, nem os funcionários e os estudantes não foram vacinados. O governo insiste em abrir escola dessa forma”, declarou.

Marlede frisou ainda que existe uma pressão do governo para o retorno as aulas e ameaça de corte de salários e das bolsas oferecidas aos estudantes.

A coordenadora do Núcleo Territorial de Educação (NTE 19), Celinalva Paim informou que o aluno no CEEP não foi contaminado na escola e que assim que ele soube que estava com o vírus comunicou a escola e a diretora tomou as providências que estão no protocolo da Secretaria Estadual de Saúde e Secretaria de Educação.

“É bom ressaltar que quando se decidiu voltar todos nós sabíamos não só o governo do estado, como direção, diretores de NTE, os pais e a comunidade, sabiam e sabem que isso poderia acontecer e para isso foi montado um protocolo, além do protocolo de segurança para que não aconteça uma disseminação. Suspendemos as aulas por dez dias e os alunos da turma e professores já foram testados. A gente percebe um alarde por parte de algumas pessoas sem necessidade porque é uma coisa já prevista. O sindicato deveria está com esse protocolo da Sesab e Secretaria de Educação em mãos para saber o que que a escola irá fazer se acontecer uma coisa dessa. A gente fica triste em saber que o sindicato não tem em mãos essas orientações”, disse.

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