Inclusão de pílulas anti-Covid no SUS pode gerar economia de R$ 19 bi

Além de ampliar as alternativas de tratamento contra a Covid-19, o uso dos medicamentos nirmatrelvir e ritonavir em pacientes não hospitalizados pode gerar economia de até R$ 19 bilhões aos cofres públicos, em um período de cinco anos.

 

O valor leva em consideração a diferença entre o custo estimado de tratamento com os remédios e as despesas ocasionadas por internação (de casos moderados aos que necessitam de unidade de tratamento intensivo, quando esse valor aumenta exponencialmente) e por cenários com baixa e alta incidência de infectados.

 

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec) analisa a possibilidade de incluir o uso desses remédios nas alternativas de tratamento contra a Covid-19 no Brasil. Na quarta-feira (27/4), o grupo encerrou a consulta pública sobre o tema.

 

Segundo o portal Metrópoles, parceiro do BN, o próximo passo da comissão consiste em enviar ao Ministério da Saúde recomendação favorável à administração dos fármacos.

 

Caberá à secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos da pasta, Sandra de Castro Barros, aprovar ou não o uso dos medicamentos. Em caso positivo, os remédios serão incluídos no rol de terapias do Sistema Único de Saúde (SUS).


Conforme aponta o relatório do grupo, se considerado risco médio de 34% de internação hospitalar para pacientes com Covid-19, o eventual uso do Paxlovid pode gerar economia aos cofres públicos, orçada em um montante entre R$ 2 bilhões (em cenários com baixa incidência de infecções pelo novo coronavírus) e R$ 19 bilhões (em contextos com alto número de casos), em um período de cinco anos.

 

O governo federal pretende firmar acordo de compra com a Pfizer, fabricante dos medicamentos, que são oferecidos comercialmente sob o nome de Paxlovid.

 

Para oficializar o acordo, no entanto, o Ministério da Saúde aguarda a conclusão da análise na Conitec. O próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já sinalizou que a aquisição do medicamento deve ser concretizada.

 

Até a quinta-feira (28/4), o Brasil tinha perdido 663.225 vidas para o coronavírus. O país já contabilizou 30.418.920 casos acumulados desde o início da pandemia. Os dados constam no mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

 

Com as 114 mortes registradas na quinta-feira, a média de óbitos diários está em 102. O número representa queda de 8% em relação ao verificado há 14 dias.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, há 29.480.998 brasileiros recuperados da doença pandêmica.

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