Aumento de aumento de casos de Covid-19 preocupa e AL-BA cancela confraternização do São João

O presidente Adolfo Menezes (PSD) suspendeu a tradicional confraternização de São João da Assembleia Legislativa por orientação do Serviço Médico da Casa em razão do aumento do número de casos confirmados de Covid.
Em sua próxima reunião, a Mesa Diretora do Legislativo, pode ser levada a adotar novas medidas de controle. O Serviço Médico da AL-BA já monitora o avanço dos casos de perto  para subsidiar eventuais medidas adicionais de segurança sanitária. 
O número de casos ativos na Bahia voltou a superar o patamar usado anteriormente pelo governo estadual para a flexibilização do uso de máscaras. Dados do boletim epidemiológico mais recente, publicado na noite desta quarta-feira (8), apontam 1772 pessoas infectadas com a doença.

O crescimento da Covid-19 segue um gráfico ascendente. Na quarta (1º) da semana passada, eram 860 casos ativos. A marca não era alcançada desde o dia 11 de abril deste ano.

Entre terça (6) e quarta (7), 791 novos casos foram identificados e 2 óbitos foram registrados, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Desde 6 de março de 2020, data em que o primeiro paciente com o coronavírus foi confirmado, 29.950 mortes foram contabilizadas em território baiano por conta de complicações causadas pela infecção.

A taxa de ocupação de leitos de UTI adulto exclusivos para a Covid-19 era de 14% nesta quinta-feira (9). As unidades pediátricas, no entanto, apresentavam uma taxa de 83%.

O Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (9) revela que 69% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) são de Covid-19. Também em relação ao total de óbitos por vírus respiratórios, o estudo aponta a mesma propensão, 92,22% foram em decorrência do Sars-CoV-2 (Covid-19). A análise é referente foi feita entre os dias 29 de maio e 4 de junho, que registrou 7,7 (6,9 – 8,6) mil casos de SRAG no país.

 

O boletim ainda registra crescimento significativo no número de casos semanais de SRAG associados à Covid-19 em todas as faixas etárias da população adulta. Para as ocorrências de SRAG na população em geral, a estimativa mostra crescimento de 39,5% na média móvel de casos semanais na comparação entre a primeira e última semana de maio. Na população adulta, a partir de 18 anos, a estimativa é de que esse crescimento tenha sido de 88,7%.

 

Nas crianças e adolescentes, verificou-se manutenção do sinal de estabilização em patamar elevado nas faixas de 0 a 4 e 5 a 11 anos. "Os dados laboratoriais apontam que, no grupo de 0 a 4 anos, os casos seguem fundamentalmente associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), embora também se observe presença relevante de Sars-CoV-2 (Covid-19), rinovírus e metapneumovírus. Nas demais faixas etárias, predomina as ocorrências de Sars-CoV-2", informa o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Diante desse contexto, Gomes ressaltou a importância da dose de reforço da vacina e da volta do uso de máscaras. "É fundamental que a população retome certas medida simples e eficazes como o uso de máscaras, especialmente no transporte público, seja ele coletivo ou individual - tais como ônibus, trem, metrô, barcas, táxis e aplicativos. E quem ainda não tomou a dose de reforço da vacina da Covid, é preciso tomar. A vacinação é simplesmente fundamental".

 

Segundo o Boletim, durante este ano já foram notificados 155.227 casos de SRAG, sendo 75.012 (48,3%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 57.328 (36,9%) negativos, e ao menos 14.701 (9,5%) aguardando resultado laboratorial. Das ocorrências com resultado positivo para vírus respiratórios, 5,2% foram por influenza A; 0,1% por influenza B; 9,1% por Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 82,7% por Sars-CoV-2 (Covid-19).

 

O quadro nacional apresenta sinal forte de crescimento nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). "Como sinalizado no Boletim da SE 17, o sinal de crescimento recente está presente em faixas etárias da população adulta", reforçou Gomes. O estudo destaca ainda que 17 das macrorregiões de saúde encontram-se em nível pré-epidêmico, 15 em nível epidêmico, 66 em nível alto, 19 em nível muito alto e uma em nível extremamente alto.

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