“Farei campanha até de bicicleta se preciso for, mas serei candidato a senador”, diz ex-prefeito

O ex-prefeito de Colatina Sérgio Meneguelli, pré-candidato do PRB ao Senado, sofre pressão para ‘tirar seu time de campo” porque a candidatura dele ameaça a eleição de outro pré-candidato ao Senado, Magno Malta (PL).

Os dois são candidatos de partidos que apoiam a reeleição de Jair Bolsonaro. Meneguelli ameaça eleição de Malta que tem a maior rejeição entre os candidatos à única vaga de senador em disputa. Já Malta não ameaça Meneguelli.

O ex-prefeito admite que sofre pressão para desistir da disputa, mas lembra que enfrentou a mesma oposição quando decidiu ser candidato a prefeito de Colatina. “Não desisto fácil”.

Para evitar a pressão que parte principalmente de Magno Malta, Serginho como é mais conhecido, se cercou de apoios nacionais, gravados em vídeos, como do presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, e até do vice presidente da República, general Mourão.

Eles defendem a candidatura de Meneguelii ao Senado, mas em política muitas vezes até acordo firmado em cartório não é cumprido. É a convenção local do partido em julho que vai decidir.

“Sei que a luta será difícil mas estou acostumado. Para ser candidato a prefeito também enfrentei isso. Os boatos continuam, de que não serei candidato. Mas não estou preocupado com os adversários”, disse para a AGENCIA CONGRESSO.

O ex-prefeito avaliou também que a senadora Rose de Freitas (MDB) deve ser a candidata apoiada pelo governador Renato Casagrande, e Magno, seu principal adversário. E não acredita que o deputado Da Vitória (PP) concorra ao Senado.

O pré-candidato também questionou porque Malta, sendo tão ‘próximo’ de Bolsonaro, não ocupa cargo no governo. Questionou se a lealdade é recíproca. Antecipou que sua campanha será eletrônica por falta de recursos.

“Sou aposentado do INSS. Não tenho dinheiro. Farei campanha a pé, de ônibus, de bicicleta. A maior despesa vai ser produzir o programa de TV”.

TRES FEDERAIS

Sobre a possibilidade de ‘descer’ para federal, ele descarta. “Sou candidato a senador. Não tem outra conversa. O PRB está em harmonia”, disse.

Avaliação do mercado político é de que ele teria mais votos – se concorresse a Câmara Federal – que o veterano Amaro Neto, deputado federais mais votado na eleição passada.

E permitiria ao PRB eleger até três federais. Hoje avalia-se que o Republicanos elegerá dois federais, na eleição de outubro.

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