Alunos Notáveis do CETEP de Araci, vencem competição global com projeto de produção de luvas a partir do sisal.

A Samsung anunciou na manhã desta terça-feira (22), os projetos vencedores da 9ª edição brasileira do Solve For Tomorrow. Por júri popular, os alunos do Centro Territorial de Educação Profissional do Sisal II, em Araci, venceram a competição, com um projeto que desenvolveu luvas a partir do bioplástico produzido através da Agave Sisalana.

“Estamos muito felizes com os resultados obtidos na 9ª edição do Solve For Tomorrow Brasil. A cada ano que passa, o programa aumenta a quantidade de participantes e eleva a qualidade dos projetos apresentados pelos alunos. Isso mostra como as iniciativas em educação são fundamentais para alavancar a experiência desses jovens com o campo da ciência e da pesquisa”, afirma Anna Karina, diretora de Marketing Corporativo da Samsung Brasil


O programa global de cidadania corporativa é conhecido por estimular alunos e professores de escolas públicas a desenvolverem soluções inteligentes por meio da abordagem sustentável. Todos os estudantes finalistas receberam um tablet Samsung, assim como os professores semifinalistas. Enquanto os professores orientadores e parceiros das 10 equipes finalistas foram premiados com um notebook da Samsung.

 

Sob orientação da professora Pachiele Cabral, os alunos Adrielle Pietra, Luan Santos, Maria Isabella, Isabel Silva e Sarah Moura, do Centro Territorial de Educação Profissional do Sisal II, decidiram elaborar o projeto após perceber o grande número de luvas descartadas nas aulas práticas do curso de análises clínicas.


Acompanhe a cerimonia...

https://www.youtube.com/watch?v=o_r8xQI01iQ


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Alunos Notáveis do CETEP de Araci concorrem a prêmio nacional com projeto de luvas de bioplástico de sisal.

Em Araci, na região sisaleira do estado, um grupo formado por cinco estudantes do 1° ano do Ensino Médio do Centro Territorial de Educação Profissional do Sisal II (Cetep Sisal II) é finalista do programa Solves For Tomorrow (Respostas para o amanhã), promovido pela empresa Samsung para estimular alunos e professores da rede pública de ensino a desenvolverem soluções para problemas locais. 

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Na unidade baiana, foi desenvolvido um projeto de produção de luvas a partir do bioplástico originado do sisal, planta de onde se obtém a matéria-prima usada em cordas, tapetes e outros artesanatos.O projeto foi desenvolvido pelos estudantes Maria Isabela, de 15 anos, Isabel Oliveira, 16, Sarah Moura, 15, Adriele Pietra, 15, e Luan Santos, 15, alunos do curso técnico em Análises Clínicas, sob orientação da professora Pachiele Cabral. 

A ideia surgiu a partir da observação sobre o grande uso e descarte de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) no laboratório escolar e o aumento do gasto durante a pandemia pelos profissionais de saúde e por pessoas em geral. “Nós questionamos: será que a gente consegue de fato reduzir esse impacto ambiental? E aí surgiu a ideia de produzir as luvas através do bioplástico. 

Falando também das questões da nossa cidade, lembramos do sisal, que é uma fonte econômica do município, então porque não valorizar?”, explicou a orientadora. A partir de um trabalho de pesquisa, que começou no mês de abril de 2022, o projeto passou por experimentações e chegou a uma metodologia de produção do bioplástico totalmente inovadora, pois as técnicas existentes não se mostraram eficazes com o sisal. Após conseguir produzir o bioplástico, que é obtido a partir da epiderme da planta, o projeto partiu para a criação das luvas. 

A epiderme do sisal é responsável por proteger a planta de micro-organismos e garante a impermeabilidade da parede celular. “Por isso as nossas luvas vão ser antimicrobianas, antialérgicas, biodegradáveis e de baixo custo”, destacou a estudante Maria Isabella. O próximo passo do grupo é realizar testes de qualidade e verificar os ajustes necessários. “Agora estamos buscando um impermeabilizante para conseguir tirar as luvas por completo do molde e comprovar que elas são antialérgicas e biodegradáveis, diferentes das luvas do mercado”, detalhou a aluna Sarah Moura. 

Para o diretor do Cetep Sisal II, Luis Henrique Carvalho, o programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação do Estado, tem incentivado estudantes e professores a desenvolverem pesquisa e inovação em toda rede estadual. Ele conta que percebeu um grande avanço a partir do momento em que os laboratórios foram desenvolvidos e concluídos nas unidades de ensino. “Estamos colhendo frutos muito importantes que servem de incentivo para outros estudantes e professores”, reforçou o gestor.

Premiação

O Solves For Tomorrow tem dez equipes finalistas e o grupo do Cetep Sisal II é a única a representar a Bahia. A votação será de 8 a 20 de novembro e qualquer pessoa pode votar, quantas vezes quiser, através do site www.respostasparaoamanha.com.br. A premiação será no dia 22 de novembro, em São Paulo, e os estudantes e a escola concorrem a prêmios como tablets, smartphones, smart TV’s e notebooks.

Ensino profissionalizante

A Secretaria da Educação (SEC) vem realizando um trabalho de implantação e ampliação de cursos técnicos profissionalizante na rede de ensino estadual. Atualmente, são 98.227 estudantes matriculados em 56 cursos distribuídos em 11 eixos tecnológicos, que contemplam 236 municípios baianos nos 27 territórios de identidade, levando em conta as demandas locais. Para o primeiro semestre de 2023, está prevista a oferta de aproximadamente 60 mil novas vagas. “As políticas da SEC acompanham, dentro do Plano Estadual de Educação e do Plano Plurianual, políticas integradas às demais secretarias do estado e, ao mesmo tempo, voltadas também ao desenvolvimento territorial e socioeconômico dos territórios de identidade. A Bahia tem na sua historicidade, há mais de dez anos, uma educação profissional cada vez mais consolidada. Na atualidade, somos a segunda maior rede de educação profissional pública do país, que é liderada por São Paulo”, afirmou o superintendente da Educação Profissional e Tecnológica, Ezequiel Westphal. Com informações de GOV Bahia.


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