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O atendimento da central telefônica do Samu, através do 192, ficou cerca de 12 horas fora do ar em Serrinha.
Segundo a Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal, a linha ficou sem funcionar devido ao furto de cabos da operadora de telefonia, ocorrido na madrugada desta quinta-feira (21).
A interrupção no serviço também afetou a comunicação e o atendimento às emergências na região. Enquanto isso, a recomendação era, em caso de emergência, a população acionar a Central do Samu através do número (75) 9 9958-0014.
O Calila Notícias entrou em contato com o SAMU às 21h35 de hoje pelo 192 e o atendimento já tinha sido normalizado desde às 16h.
Entenda a Motivação do Furto de Cabos de Energia e Telecomunicações
O drama virou rotina nas principais cidades brasileiras, na matéria abaixo entenda a motivação desses furtos.
No país, alta de 14% em 2022, e crescendo em 2023.
O fenômeno é nacional. Roubos e furtos de cabos de telecomunicações cresceram 14% em 2022, e 2023 vem na mesmo crescente. Essas ações deixam milhões de clientes sem acesso a serviços de comunicação e, com isso, privados de contato com atendimentos essenciais como de polícia, bombeiros e emergência médica.
Conforme informações coletadas com policiais, especialistas no assunto, se constata que o furto de fios e cabos virou endêmico, em decorrência do alto preço alcançado pela mercadoria. O cobre, pela alta condutividade elétrica, é o material mais usado pelas empresas de energia e, portanto, o mais visado. Antes da pandemia, era revendido a R$ 17 o quilo. Passou para R$ 40, o quilo, durante a pandemia. Em alguns locais podendo chegar a aproximadamente a R$ 50 o quilo.
Depois de receptado em ferros-velhos, o cobre vai para fundições, onde é transformado em grânulos, para facilitar o transporte. Em alguns casos, vira matéria-prima para peças feitas em metalúrgicas. Em outros, volta a virar fio, só que revendido no Exterior. Muitas vezes, retorna ao Brasil como matéria-prima para eletrônicos ou objetos de metal.
Cenário atual
Frequentemente, o furto de fios e cabos da rede de energia elétrica nas ruas complicam a vida do cidadão, com semáforos apagados, postes sem energia, residências, indústrias e comércio sem poder abrir, um verdadeiro prejuízo para a população.
Trata-se de um crime do momento, que impacta na vida das pessoas e na lucratividade das empresas.
Na tentativa de driblar a ação dos criminosos, empresas têm substituído o cobre por alumínio, que não conduz tão bem a eletricidade, mas assegura redução da perda financeira quando o furto é efetivado. Mesmo assim, a situação no setor de energia é desesperadora. O prejuízo na reposição e investimentos em segurança vem aumentando em torno de 15% ao ano.
Só no RJ Só no RJ o aumento de furto de cabos elétricos foi de 160% (fonte: g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/notícia/2024/01/04)
Telefonia também está no alvo
O furto de cabos e fios sofreu saltos exponenciais e atinge não só o fornecimento de energia, mas também as empresas de telecomunicações e internet.
Empresas de telefonia estão migrando o cabo de cobre para cabos de fibra ótica, que não tem valor para esse tipo de furto.
Isso significa que os moradores ficam sem telefone fixo, e internet, assim – não conseguem denunciar os seus problemas ou a ação dos próprios bandidos.
Residências particulares também são afetadas, com a casa habitada, o furto ocorre sempre do lado de fora, mas se o imóvel não está habitado, os criminosos se aproveitam e não deixam para depois, invadem, roubam os cabos, relógio medidores, metais, louças, portas, ou seja, tudo que podem levar. Prejuízo incalculável.
Furto tem sido muito praticado por usuários de drogas ilícitas.
Furtam, picam os cabos, queimam a borracha de proteção, vendem o metal em locais de compra de sucata, dinheiro rápido. Os sucateiros pagam em dinheiro, transformado em drogas pelos viciados.
A audácia de alguns criminosos é impressionante, andando pela rua e em determinado momento, sem qualquer planejamento, escala um muro e, em segundos, usa um alicate para cortar um cabo. Imediatamente, as luzes se apagam na rua. Saem calmamente para recolher os fios, e vão embora.
Pendurados em fios, escalando postes e usando medidores de luz como apoio para os pés, sem qualquer proteção, inclusive em plena luz do dia, são cenas comuns em grandes cidades. Nem enterrar os cabos adianta, já que eles cavam, cortam uma parte e arrancam a fiação.
Geralmente, são os viciados, que nem sequer se importam de serem observados, e certamente isso prejudica a prevenção pois estamos lidando com um perfil sem regra alguma, objetivando somente o consumo da droga.
Quadrilhas do ¨crime profissional¨
Esse tipo é menos comum – mas existe e buscam momentos de entrega das bobinas em locais de utilização, depósitos de material elétrico e, em geral, o criminoso tem conhecimento sobre eletricidade. Ele usa ferramentas apropriadas, carregam materiais para ser revendido em um segundo momento, porém não utilizam o sucateiro como receptador, já que desta forma conseguem preços melhores. Geralmente nesse modelo de crime há informação de pessoas dentro da empresa. Lamentavelmente, esse material não é recuperado.
Vulnerabilidade da legislação – não nos protegem
As leis para esse tipo de delito, ainda é muito branda, imagine que se o criminoso é pego em flagrante, levado ao distrito policial, preso, ele pode sair já no dia seguinte na audiência de custódia, a impunidade leva ao aumento da criminalidade. Temos que pedir mais severidade e mudança da lei, pois a polícia prende e a justiça solta.
Alternativas – além da atual proposta das empresas de telecomunicação e energia executando a troca dos cabos de cobre por alumínio, ou fibra ótica, sugerimos utilizar o serviço de monitoramento de cabos que a ALPHA SECURE, através de nossa central de monitoramento, além do nosso serviço nacional de pronta resposta. Serviço que já realizamos e possuímos case de sucesso com nossos clientes.
Quer saber mais faça contato com nossa equipe que apresentamos a vocês a solução.
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