“Ouro verde do sertão”: sisal pode ser reconhecido como patrimônio cultural imaterial da Bahia

O deputado Luciano Araújo (SD) protocolou um projeto de lei na Assembleia Legislativa da Bahia, com o objetivo de reconhecer a cultura do sisal como patrimônio cultural imaterial do estado. Ele destacou que a Bahia é o maior produtor de sisal no mundo, com cerca de 90% da produção nacional. Além disso, o Brasil é o país que mais cultiva a agave, planta da qual a fibra é extraída. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aponta que a Bahia produz 140 mil toneladas de fibra de sisal por ano, sendo que quase metade dessa produção é exportada.

Foto: Divulgação/Seagri

O deputado também lembrou que o cultivo do sisal envolve cerca de 70 municípios na Bahia, tornando o estado um verdadeiro destaque mundial nessa área. Em 2007, a criação dos Territórios de Identidade reconheceu a importância dessa cultura, ao denominar a região formada pelos municípios de Araci, Barrocas, Biritinga, Candeal, Cansanção, Conceição do Coité, Ichu, Itiúba, Lamarão, Monte Santo, Nordestina, Queimadas, Quijingue, Retirolândia, Santaluz, São Domingos, Serrinha, Teofilândia, Tucano e Valente como “Região Sisaleira”. Esse reconhecimento foi feito com base em critérios ambientais, culturais e econômicos.

Luciano Araújo lembrou ainda que a Secretaria Estadual de Cultura (Secult) tem um trabalho de territorialização da cultura, o que levou ao reconhecimento da região 04 como a Região do Sisal. Segundo ele, isso evidencia a importância cultural do “ouro verde do sertão” para o estado.

Foto: Feijão Almeida/GOVBA

Com o projeto de lei, o deputado espera não apenas fortalecer o reconhecimento da cultura do sisal, mas também ajudar a preservar a história de uma das mais importantes cadeias produtivas da Bahia. “O sisal é responsável por elevar o nome da Bahia no mundo e sustenta toda uma região, tanto cultural quanto economicamente”, destacou Luciano Araújo.

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