Preso um dos acusados de matar menina de 10 anos em Feira de Santana

Mais um acusado de envolvimento em homicídios em Feira de Santana foi preso pela Polícia Militar em Feira de Santana no circuito da Micareta. Na noite de quinta-feira (19), primeiro dia oficial da festa, os policiais reconheceram e prenderam Júlio Cesar Catureba dos Santos, que tinha um mandado de prisão em aberto por conta da suspeita de envolvimento na morte de uma menina de 10 anos, em dezembro de 2017, no conjunto Liberdade.
De acordo com o delegado Fabrício Linard, titular da Delegacia de Homicídios, Júlio e outros acusados foram apontados como autores do crime durante as investigações, e após ser apresentado na delegacia, ele foi encaminhado para o Conjunto Penal de Feira de Santana, na manhã de ontem (20).
A pequena Aryana de Jesus Viena estava em casa com a mãe quando quatro homens chegaram perguntando pelo irmão da menina. A mãe disse que ele não estava e os homens começaram a atirar atingindo a criança.
Júlio já havia se apresentado na delegacia pelo crime, dias após a morte da menina, com outro suspeito, João Vitor Barreto, o “Seis Cão”. Eles alegaram estarem sendo vítimas de boato, versão que não convenceu a polícia.
Outra prisão
Também foi preso no circuito da festa Izaias da Conceição Xavier, conhecido como ‘Zai’, 18 anos, residente na Rua Medeiros Neto, Sítio Matias. Ele foi preso na madrugada de sexta-feira (20), por volta de 1h, após ser abordado por policiais militares no circuito da Micareta, próximo ao cruzamento com a Avenida João Durval.
Segundo a polícia, Izaias da Conceição Xavier é acusado de vários homicídios e contra ele existia um mandado de prisão em aberto. Ele foi conduzido e apresentado no Posto da DAI (Delegacia Para o Adolescente Infrator), mesmo sendo maior, já que o mandado é relativo a um fato de quando ele tinha menos de 18 anos. 
Dois suspeitos de envolvimento no assassinato da menina Aryana de Jesus Viena, de 10 anos, na última quarta-feira (6), se apresentaram no Complexo de Delegacias de Feira de Santana, por volta das 16h desta segunda-feira (11).
João Vitor Barreto, o “Seis Cão”, de 19 anos, e Júlio Cesar Catureba dos Santos, o “Bizunga”, de 22, estavam acompanhados do advogado Guga Leal.
Os dois disseram que se apresentaram porque as fotos deles estavam circulando nas redes sociais e procuraram o advogado para irem à polícia e esclarecer os fatos. A delegada Bianca Andrade, por sua vez, disse que a versão dos suspeitos não a convenceu e vai representar pela prisão preventiva dos dois.
“Ouvimos os supostos autores do homicídio da criança. Os dois negaram o envolvimento com o homicídio. A mãe dela estava no momento do crime e ela afirmou que estas pessoas estavam lá, atiraram contra sua residência e que um dos tiros vitimou sua filha Aryana. São cinco envolvidos. Um está no presídio e dois já foram ouvidos. Já encontramos quatro supostos envolvidos. Quem mandou executar foi Antônio Marcos, que atualmente se encontra no Conjunto Penal de Feira de Santana. Ele seria o mandante do crime, e o alvo seria o Rafael, irmão da vítima”, informou a delegada ao Acorda Cidade.
Segundo ela, o homicídio foi motivado por tráfico de drogas. “Segundo depoimentos, o irmão da vítima era envolvido, parou e não queria mais traficar para Marcos Antônio [conhecido como Marquinhos]. Ele ficou com raiva e mandou executar. Tem um adolescente envolvido. Como na maioria das vezes, os envolvidos negam a participação, mas temos indícios suficientes para pedir a prisão preventiva deles. Vamos indiciar os suspeitos e pedir ao juiz que a preventiva seja deferida”.

O advogado Guga Leal disse que os dois o procuraram no domingo (10) e disseram que no dia do crime estavam em Salvador.

“Eles me procuraram ontem a tarde e marquei com eles hoje de manhã no escritório, entrei em contato com o delegado Gustavo Coutinho, e de imediato, marcamos para hoje também. João teria sido intimado já, mas Júlio não, e mesmo assim ele quis se apresentar para prestar esclarecimentos. Eu perguntei para eles antes de trazê-los nesta especializada e eles me disseram que não estavam em Feira de Santana no dia do crime, estariam em Salvador. Disseram também que não sabem por que atribuíram o fato a eles”, disse.
O advogado informou também que soube que a mãe da menina reconheceu os dois, mas eles negaram.