MORTES CAUSADAS PELA DEMORA DE REGULAÇÃO NA BAHIA


JACOBINAMorreu na madrugada deste sábado, 22, Antônio Carlos Rodrigues da Silva, de 33 anos, que estava internado desde a última segunda-feira, 17, no Hospital Municipal de Jacobina, aguardando uma vaga no Sistema de Regulação do Estado para ser transferido para Salvador.

Mulher não resiste e morre em Jacobina à espera de vaga no Sistema de Regulação. Luana de Jesus, de 28 anos, que estava internada há quatro dias no Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho (HMATS), em Jacobina, à espera de um posicionamento do Sistema de Regulação, não resistiu e faleceu na manhã desta quinta-feira (20). A informação foi confirmada por familiares, que lamentam profundamente a ‘perda de uma vida pela demora na transferência’ para outro hospital.

A superintendente de Gestão dos Sistemas de Regulação da Atenção à Saúde (Suregs) da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Ana Paula Dias, afirmou, em entrevista ao Acorda Cidade, que todos os dias cerca de dez mil pacientes dão entrada no processo de regulação, em toda a Bahia. Desse total de pacientes por dia, aproximadamente 400 pessoas são para a área de ortopedia. De acordo com Dias, somente no hospital eletivo ortopédico da rede, o Manoel Vitorino, em Salvador, existem atualmente agua

Homem morre à espera de Regulação em Jacobina; segunda vítima em uma semana



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Morreu na madrugada deste sábado, 22, Antônio Carlos Rodrigues da Silva, de 33 anos, que estava internado desde a última segunda-feira, 17, no Hospital Municipal de Jacobina, aguardando uma vaga no Sistema de Regulação do Estado para ser transferido para Salvador.
Antônio apresentava quadro de sonolência e paralisia parcial do corpo, por conta de problemas cardíacos e precisava ser transferido com urgência para receber atendimento especializado na capital. No entanto, infelizmente, a regulação não saiu e o rapaz foi mais uma vítima fatal da famigerada Regulação implantada pelo governo do estado. Antônio é segunda vítima fatal só esta semana em Jacobina.
Depois da morte da jovem Luana de Jesis esta semana, a família de Antônio, desesperada, buscou de todas as formas conseguir a transferência. O caso comoveu a região com a divulgações nos sites, blogs e rádios da cidade, mas nem mesmo a comoção popular reverteu o fatídico desfecho. Às 3h da madrugada deste sábado, 22, a vida de Antônio chegou ao fim.
Para muitos, ele e Luana são apenas números que vão para uma planilha estatística. Números que são esquecidos na ‘correria’ do dia dia. Já para estas duas famílias enlutadas, são mortes que poderiam ter sido evitadas, perdas que não serão esquecidas jamais.
O corpo de Antônio está sendo velado na Igreja Assembléia de Deus do bairro do Peru. O sepultamento será às 17h, no cemitério da Sapucaia.

Mulher não resiste e morre em Jacobina à espera de vaga no Sistema de Regulação


Mulher não resiste e morre em Jacobina à espera de vaga no Sistema de Regulação. Luana de Jesus, de 28 anos, que estava internada há quatro dias no Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho (HMATS), em Jacobina, à espera de um posicionamento do Sistema de Regulação, não resistiu e faleceu na manhã desta quinta-feira (20). A informação foi confirmada por familiares, que lamentam profundamente a ‘perda de uma vida pela demora na transferência’ para outro hospital.

No início da manhã, familiares de Luana fecharam a pista de acesso à comunidade de Itapicuru, onde está localizada a Jacobina Mineração de Comércio (JMC), em reivindicação pela sua transferência para Salvador, porém o ato não teve o resultado esperado.
Luana morava no distrito de Itaitu, e deixa um filho de 8 anos. A família relata indignação com os critérios utilizados pelo Sistema de Regulação do Governo do Estado, pois esperava por uma vaga em um hospital especializado desde o último domingo (16). Por conta do agravamento em seu quadro de saúde, Luana precisava, com extrema urgência, ser transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Ela era portadora de uma doença renal crônica e fazia tratamento de hemodiálise. Luana havia feito uma cirurgia há seis anos, para correção de um problema em válvula cardíaca. Apesar de todos os esforços da família, e do engajamento da comunidade jacobinense para salvá-la, a mãe de um filho ainda criança não resistiu e, na manhã de hoje, deixa sua família em luto

“A regulação mata”: Varela comenta sobre a falta de leitos em Salvador

Apresentador falou sobre o Hospital Espanhol, que está fechado desde 2014

Foto: Varela Notícias
Redação VN
redacao@varelanoticias.com.br
No programa Balanço Geral desta segunda-feira (16) o apresentador Raimundo Varela comentou sobre a falta de leitos em hospitais de Salvador e sobre o abandono do antigo Hospital Espanhol, localizado no bairro da Barra, fechado desde 2014.
“Estive recentemente no Hospital Espanhol e fiquei com pena do povo. O hospital está abandonado. Ali, só do SUS, tinha 200 leitos”, lembrou.
“O governador [Jaques] Wagner baixou um decreto que ali só pode ser hospital, por isso está parado, está deteriorado. Senão fosse isso, já teriam construído um condomínio de luxo. Só de equipamento destruído tem uma fortuna. Tem tomógrafo, raio X, ar condicionado, tudo quebrado, cama enferrujada”, descreveu.
“A população do Brasil só cresce. Como que perdemos 34 mil leitos de internação no Brasil? Só aqui na Bahia perdemos 2 mil. Quem aguarda numa fila da regulação, conhece bem. A regulação mata por causa da falta de vaga, de leito”, reclamou
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