O Governo da Bahia assina licitação para restauração da Igreja de Mirandela em Banzaê (BA)

O Governo da Bahia assina licitação para restauração da Igreja de Mirandela em Banzaê (BA)

Neste último sábado, 15/04, o Governo da Bahia assinou a autorização para licitação da primeira etapa do restauro da tricentenária Igreja do Senhor da Ascensão da Aldeia Mirandela em Banzaê na Bahia. A Igreja, atualmente, encontra-se em estado de degradação. A primeira etapa receberá investimentos para melhoria de telhado, paredes, piso, portas e janelas. 
A templo foi construído por índios Kiriris no ano de 1701, sob influência dos jesuítas que fizeram da atual Mirandela, antiga Saco dos Morcegos, um núcleo de evangelização já no ano de 1667 culminando, posteriormente, na construção da Igreja do Senhor da Ascensão.

CONJUNTO JESUÍTA DE 1701 EM BANZAÊ PODE SE TORNAR PATRIMÔNIO DA BAHIA


CONJUNTO JESUÍTA DE 1701 EM BANZAÊ PODE SE TORNAR PATRIMÔNIO DA BAHIA
Um conjunto urbanístico-arquitetônico de origem jesuíta que inclui a Igreja do Senhor da Ascensão, de 1701, praça e casas do entorno, em Mirandela, município de Banzaê, pode se tornar Patrimônio Cultural da Bahia. A ideia surgiu na última quinta-feira (26), na sede do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), em Salvador, em reunião entre a prefeita de Banzaê, Jailma Dantas o diretor geral do órgão, João Carlos de Oliveira e técnicos. A intenção é promover ação transversal que, além do IPAC, inclua a Secretaria de Promoção da Igualdade (Sepromi), dentre outros órgãos estaduais.
“A igreja já é tombada provisoriamente desde 2013, mas precisamos realizar estudos para proteger o desenho urbanístico das missões jesuítas no Brasil”, explica João Carlos. A prefeita destaca a importância histórico-cultural da região. “Ainda temos a riqueza cultural da reserva indígena dos Kiriris, para a qual solicitamos apoio da SEI (Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais) para projeto de Lei que dê novo limite, já que parte da aldeia ficou fora de Banzaê, dividida entre Ribeira do Pombal e Quijingue”.
FINANCIAMENTOS – O diretor do IPAC comenta que o órgão iniciará diálogo com outras instituições para atender a amplitude da ação. Originária do início do século XVIII (1701), a igreja tem 490 metros quadrados de área construída. Segundo o diretor do IPAC, se for tombado, o perímetro terá acesso aos financiamentos estaduais, federais e até internacionais que priorizam bens reconhecidos oficialmente. Ele ressalta que outra opção pode ser projeto para o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) do MinC.