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JAPÃO E ESTADOS UNIDOS DIZEM JÁ TER REMÉDIO PARA O COVID-18

Testes preliminares feitos com um pequeno grupo de pacientes na China sugerem que um medicamento desenvolvido para combater outras doenças virais também poderia ter efeitos positivos contra a atual pandemia de Covid-19, informa a agência de notícias Reuters. Trata-se do favipiravir, produzido comercialmente no Japão com o nome de Avigan. O medicamento ainda não tem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não podendo, portanto, ser vendido no Brasil. Hoje, ele é produzido apenas sob demanda no país onde foi desenvolvido. Segundo Zhang Xinmin, funcionário do Ministério da Ciência e Tecnologia da China, cerca de 80 pacientes da região de Shenzhen que receberam o remédio tiveram melhora mais rápida de seus sintomas respiratórios e demoraram menos tempo para eliminar o vírus de seu organismo. De acordo com o Nikkei Asian Review, jornal japonês de língua inglesa, essas melhoras se deram após 4,6 dias (no caso da tosse) e quatro dias (no caso dos testes sobre a presença do material genético do vírus), contra uma média de seis e 11 dias dos pacientes que não tomaram o remédio. 

Nesta quinta-feira (19), em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, o vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas\OMS), Jarbas Barbosa disse que acredita no surgimento de um medicamento, em “poucas semanas”, capaz de combater casos graves do coronavírus.
“Temos uma plataforma eletrônica da OMS (Organização Mundial da Saúde), onde recebemos todos os ensaios clínicos que estão sendo feitos. São mais de 300 até agora. Estão sendo testados vários medicamentos de maneira isolada, e toda evidência está sendo avaliada. Alguns (medicamentos) demonstram resultados promissores. Enquanto uma vacina deve demorar de 12 a 18 meses, acredito que teremos um medicamento para ser usado em casos graves em poucas semanas”, afirmou.
Antes de pensar em uma cura, Barbosa salientou que medidas de prevenção – como lavagem das mãos, distanciamento social e o autoisolamento – são a melhor maneira de conter a propagação do coronavírus.
“Essas medidas podem reduzir a velocidade da transmissão, evitando assim uma sobrecarga dos serviços de saúde, que podem sofrer com a falta de leitos nas UTIs e de respiradores, por exemplo”, ressaltou.