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Depois de mudanças no texto-base, senadores baianos votam a favor da PEC dos Precatórios

Aprovada em segundo turno no plenário do Senado , a PEC dos Precatórios contou com votos favoráveis dos três representantes da Bahia na Casa Legislativa. Otto Alencar e Ângelo Coronel, do PSD, e Jaques Wagner, do PT, registraram apoio à emenda após mudanças no texto-base durante a votação no Plenário desta quinta-feira (2).

 

Há cerca de quatro semanas, quando o texto ainda era apreciado no primeiro turno da Câmara dos Deputados, o governador do Estado, Rui Costa (PT), chamou os deputados que votaram a favor da PEC de "traíras", gerando um clima tenso na ocasião. Após a votação em segundo turno na Casa, e a consequente tramitação ao Senado, o governador mudou o tom e disse não haver ressentimento pela decisão contrária por parte dos legisladores federais.

 

Os votos vieram, principalmente, após mudanças sugeridas por lideranças da oposição, em trazer maior clareza à distribuição dos cerca de R$ 90 bilhões que serão liberados no orçamento da União com a aprovação da emenda. "Em primeiro lugar, era dispensável, mas vou elogiar o trabalho de todos aqui na busca de minimizar os danos dessa PEC", disse Wagner, que é líder da oposição na Casa, ao abrir sua fala. Apesar disso, manteve o discurso de que a emenda pode trazer riscos a investimentos ocasionados por sua promulgação. "Vários investidores me disseram: 'senador, não convencerei meus investidores a colocar dinheiro num país que muda sua Lei Maior para não pagar obrigações'.  Mas vamos criar uma bola de neve cujo tamanho não sabemos ainda", concluiu.

 

A proposta voltará à Câmara dos Deputados e a intenção do governo é de imprimir esforço máximo para que a matéria seja apreciada até semana que vem pela Casa.


A sessão ocorreria apenas às 16h desta quarta (1º), porém teve o pedido de adiantamento sugerido pelo próprio relator acatado pelo presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante a sessão que deliberou o nome do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública André Mendonça ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Com a emenda, o governo liberará espaço fiscal de cerca de R$ 90 bilhões de reais para custear, em suma, a ampliação do Programa Auxílio Brasil - substituto do Bolsa Família em operação desde novembro - de R$ 200 pagos atualmente para R$ 400 no ano de 2022, proposta para ser votada ainda hoje no Senado. O texto aprovado do Senado, todavia, trouxe uma série de modificações, inclusive estruturais na área fiscal do governo.

 

Apesar da aprovação, o texto precisou passar por reformulações e novas emendas foram acrescentadas à proposta. "A nossa expectativa e da Câmara era de manter o texto o mais próximo possível do aprovado pela Casa. Essa não é a realidade, mas a vontade política do Senado Federal de construir esse texto promovendo as alterações necessárias para atender muitos interesses que estavam sendo disputados" comentou o relator Fernando Bezerra, que também é líder do governo, enquanto encaminhava voto favorável à proposta.

 

Com a PEC voltando ao plenário da Câmara para uma espécie de 'terceiro turno', o governo ainda vive a expectativa de encaminhá-la à sua promulgação até a semana que vem, liberando o aumento no programa até o Natal. "A fome tem pressa. Não podemos esperar e é preciso que esse programa seja permanente", comentou o líder do bloco parlamentar Unidos Pelo Brasil Eduardo Braga (MDB-AM) em discurso por vídeo conferência.

A Proposta de Emenda Constitucional nº 23/2021, conhecida como PEC dos Precatórios, foi aprovada em primeiro turno na tarde desta quinta-feira (2) durante sessão plenária no Senado. O texto de relatoria do senador Fernando Bezerra (MDB-PE) obteve 61 votos favoráveis dos 73 na sessão.

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